Fórmula 1 GP de Singapura

F1: O que Wolff pensa sobre palavrões nas coletivas de imprensa

Toto Wolff, chefe da Mercedes, compartilha suas opiniões sobre a polêmica da linguagem 'ofensiva' dos pilotos

Toto Wolff, Team Principal and CEO, Mercedes-AMG F1 Team

A polêmica da vez do último fim de semana da Fórmula 1 foi, sem dúvida, a punição que Max Verstappen recebeu após a coletiva de imprensa na quinta-feira em Singapura.  O holandês afirmou que seu carro estava f***** na classificação em Baku, uma semana antes, e isso lhe rendeu pena de serviços comunitários.

O conteúdo exato desse serviço ainda não é conhecido, mas houve grande agitação após a aplicação da punição. Os pilotos o defenderam, assim como muitos chefes de equipe. Toto Wolff, chefe da Mercedes também acha que a punição é excessiva, embora ele traga algumas nuances à história. 

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O próprio Wolff passou pela mesma situação em Las Vegas em 2023. Assim como o chefe de equipe da Ferrari, Frédéric Vasseur, o austríaco falou palavrões na coletiva de imprensa e eles tiveram que se apresentar aos comissários de bordo depois.

Na época, a dupla recebeu uma advertência.   "Tive de comparecer perante os comissários de pista em Las Vegas no ano passado e devo dizer que achei a experiência bastante divertida", disse Wolff ao Motorsport.com.

"Fréd [Vasseur] e eu estávamos lá ao mesmo tempo e ele estava um pouco mais preocupado. Eu disse a ele: 'é um pouco como ir na diretoria da escola pela primeira vez. Prometo que esta é a última vez'. Dito isso, acho que há algo a ser dito sobre não usar palavrões ou muita linguagem inadequada no rádio. Especialmente quando é tão desrespeitoso que passa do limite, afinal, as pessoas estão assistindo."

No entanto, Wolff quer deixar claro que não acha que a palavra usada por Verstappen na coletiva de imprensa seja um exagero. A palavra com "F" é comumente usada hoje em dia, mas ela depende do contexto em que as pessoas a usam.

Queremos ver as emoções, as emoções cruas, e entendemos que os pilotos trabalham em condições extremas", continuou o chefe da Mercedes. Mas se pudermos limitar um pouco isso, será bom para todos nós, mas eu não proibiria a palavra com "F". Há palavras muito, muito piores. Portanto, usar a palavra com "F" na coletiva de imprensa não é tão ruim, mas se tivermos que nos adaptar, temos que nos adaptar. Isso também se aplica a nós, como chefes de equipe, e teremos que analisar a questão", conclui.

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Gijs Leuvenink
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