Fórmula 1 GP da Grã-Bretanha

F1 reforça caminho para um futuro mais sustentável com medidas que visam neutralizar emissões de carbono

Documento divulgado nesta segunda reforça compromisso da categoria, que pretende se tornar uma referência em sustentabilidade para a indústria

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A Fórmula 1 vinha sendo muito criticada nos últimos anos em meio a uma mudança da indústria automotiva por um futuro mais sustentável. Mas a partir da introdução dos motores híbridos em 2014, a categoria vem evoluindo e planejando uma grande mudança a partir de 2030: a neutralização das emissões de carbono, algo que foi reforçado pela F1 nesta segunda-feira (28).

A F1 reforçou a iniciativa F1 Net Zero 2030 (F1 Emissões Neutras em 2030), lançada em 2019 e que já se tornou parte da estratégia de sustentabilidade, junto com a introdução dos combustíveis sintéticos nos próximos anos.

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Através de um comunicado, a F1 explicou seus "objetivos ambiciosos" para a comunidade esportiva, incluindo as equipes, promotores, investidores, fornecedores e a FIA, que também aceitaram o desafio de reduzir suas pegadas de carbono.

"Estamos desenvolvendo um combustível 100% sustentável, que será utilizado em todas as unidades de potência a partir de 2026, em linha com a introdução dos motores híbridos de nova geração, que possuem um enorme potencial para serem adotados em carros de corrida do mundo todo".

"Com oito anos pela frente, estamos defendendo nosso objetivo, e pretendemos mostrar à próxima geração de fãs como que a inovação e o trabalho em equipe podem fazer frente aos desafios de nossos tempos".

Desta forma, a F1 mostra seu caminho para o futuro, com o desenvolvimento do combustível feito em parceria com a Aramco e as montadoras. Os responsáveis pelo esporte defendem sua postura após as críticas de não terem adotado a eletrificação, dizendo que, apesar de suas emissões de combustíveis representarem apenas 1% do total, a evolução "pode ter um efeito maior na mobilidade mundial".

Além disso, eles garantem que esse combustível sustentável em desenvolvimento reduzirá os custos, algo muito importante na F1 atual, mas não somente no âmbito da competição, como também nos de rua, tanto dos de combustão interna quanto os híbridos.

Para tentar cumprir esse objetivo de zerar as emissões de carbono até 2030, a categoria tomou uma série de medidas, incluindo a introdução de operações à distância para reduzir os fretes, mudar os containers de carga, além da transição para modelos sustentáveis de energia em suas sedes.

Mas se isso não é suficiente, a F1 já planeja mais medidas. A principal e a que deve ser vista primeiro é a reorganização do calendário a partir do ano que vem, agrupando as provas por regiões.

A categoria também quer outras medidas relacionadas, como uma chance de reduzir a pegada de carbono na viagem dos fãs, enquanto as categorias de acesso, especialmente F2 e F3, também devem seguir o caminho dos combustíveis sustentáveis.

Todos esses processos devem ser revisados com o passar do tempo, como indicado pelo comunicado, e o objetivo é claro: fazer a principal categoria do automobilismo mundial uma referência em sustentabilidade.

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Mario Galán
Fórmula 1
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