F1: Uralkali alega que a Haas não cumpriu o prazo de pagamento após decisão judicial

O ex-patrocinador máster da Haas na F1 alega que o reembolso definido pelo tribunal, incluindo a entrega de um carro a partir de 2021, ainda está pendente

Nikita Mazepin, Haas VF-22

O ex-patrocinador máster da Haas, a empresa russa Uralkali, alega que a equipe não pagou o reembolso devido, além da entrega de um carro de Fórmula 1, referente a um acordo cancelado. No mês passado, um tribunal arbitral suíço decidiu sobre a disputa entre a equipe americana e seu antigo patrocinador russo sobre o fim da parceria, após a invasão da Ucrânia em março de 2022.

Com a Haas tendo encerrado o patrocínio do título da Uralkali na véspera da temporada de 2022 e abandonado o piloto Nikita Mazepin, houve uma longa disputa sobre o assunto que acabou sendo levada a uma audiência de arbitragem, na Suíça.

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O tribunal confirmou em junho que a Haas estava dentro de seu direito de rescindir o contrato de patrocínio como fez e que não houve quebra de contrato. Isso significa que nenhuma indenização deveria ser paga à Uralkali pelo que aconteceu.

No entanto, também foi decidido que a Haas só poderia ficar com uma parte do saldo de patrocínio de US$ 13 milhões que lhe havia sido pago para a temporada. A equipe americana foi condenada a devolver o parte do pagamento do patrocínio que ultrapassou a data de 4 de março de 2022, quando o acordo foi cancelado. Acredita-se que esse total seja de cerca de 9 milhões de dólares.

Nikita Mazepin, Haas F1 Team

Nikita Mazepin, equipe Haas F1

Foto de: Carl Bingham / Motorsport Images

Além disso, foi solicitado que a Haas cumprisse uma cláusula de patrocínio no contrato que exigia a entrega de um carro de corrida da equipe a partir de 2021 para a empresa russa.

Em um comunicado emitido na terça-feira, a Uralkali alega que o prazo judicial para o pagamento do restante do dinheiro do patrocínio, além da entrega do carro, já havia passado sem nenhuma ação da Haas. O comunicado afirma: "Lamentavelmente, nem o dinheiro (mais juros e custos) foi pago, nem o carro de corrida foi entregue dentro do prazo exigido".

A declaração continua: "Uma carta enviada pela Uralkali à Haas no início de julho, oferecendo opções para a entrega do carro de corrida, ficou sem resposta.  Outros juros sobre a soma concedida continuam a se acumular."

Um representante da Uralkali foi citado como tendo dito: "A falha da Haas em executar as transferências exigidas é uma violação flagrante da sentença do tribunal, conforme determinado por um processo de arbitragem assinado por ambas as partes". 

"Isso dá um novo significado à expressão 'conduta antidesportiva'.  A Uralkali usará todos os meios previstos em lei para garantir que a decisão seja implementada. Que todos os patrocinadores atuais e potenciais da Haas estejam cientes do tipo de tratamento que pode esperar por eles", declara.

A Haas não quis comentar o assunto quando contatada pela Motorsport.com.

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