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Ferrari: Arrivabene defende bloqueio à imprensa

Maurizio Arrivabene defende postura ferrarista e diz que time está tentando fazer o que acredita ser melhor para os fãs

Maurizio Arrivabene, Ferrari Team Principal
Maurizio Arrivabene, Ferrari Team Principal
Kimi Raikkonen, Ferrari with Stefania Bocchi, Ferrari Press Officer
Kimi Raikkonen, Ferrari
Kimi Raikkonen, Ferrari SF70H
Kimi Raikkonen, Ferrari SF70H
Kimi Raikkonen, Ferrari SF70H

A Ferrari não disponibilizou os protagonistas do time para entrevistas até o momento - decidindo até mesmo por não permitir que Kimi Räikkönen conversasse com a imprensa na última quinta-feira, já em Melbourne.

Tal decisão é oposta ao que defende o Liberty Media, grupo que agora controla a Fórmula 1. O grupo acredita que ter as principais figuras do esporte mais acessíveis é fundamental para o crescimento da categoria.

Ao abordar o tema nesta sexta-feira (24), Maurizio Arrivabene, chefe da Ferrari, deu a entender que o curto vídeo com o finlandês falando, postado no Twitter da equipe, foi uma solução melhor do que colocar o piloto para falar com os jornalistas.

Questionado sobre a abordagem da Ferrari em relação à mídia, Arrivabene respondeu: "Defina mídia, o que você quer dizer com mídia? Hoje a definição de mídia é bem ampla em termos de comunicação", disse.

"Mídias sociais também são mídia e não são as únicas nas quais pensamos. Ontem, Sebastian foi quem conversou com a imprensa e utilizamos as redes sociais para postar algo relacionado a Kimi", afirmou.

"O Liberty também destacou que, neste esporte, as mídias sociais são usadas em apenas um por cento do potencial. O ideal é encontrar o equilíbrio."

"Em vez de ter dois pilotos falando a mesma coisa na quinta, tentamos nos certificar de que Sebastian dizia uma coisa e Kimi abordava outra. Então cobrimos todas as plataformas de comunicação, deixando felizes os mais jovens também", acrescentou.

Rivais pensam diferente

Outros chefes de equipe acreditam, porém, que é vital para os times disponibilizar os pilotos para a imprensa, pois é importante para ajudar na promoção da categoria.

"É um negócio de mídia, no fim das contas. Precisamos nos conectar às mídias e é importante que façamos com que os pilotos sejam acessíveis à imprensa, aos fãs. De que outra forma promoveríamos este esporte?", indagou Christian Horner, chefe da Red Bull.

Toto Wolff, chefe da Mercedes, acrescentou: "Temos de satisfazer três gerações diferentes: os que nos acompanham há muito tempo, os que nos seguem há algum tempo e os que estão chegando agora. Precisamos pensar em todos."

"Por exemplo, quando lançamos o carro, investimos tempo considerável no evento, o que é um risco em termos de desenvolvimento do carro, pois tempo é essencial nesta área. Mas fizemos uma transmissão ao vivo no Facebook e vídeo em câmera 360°. Tivemos quase um milhão de visualizações em 24 horas", destacou.

"Foi um sucesso, precisamos utilizar todas as ferramentas, sem nos esquecer de nenhuma audiência dentro destes grupos e fazer algo específico para cada um deles. A abordagem do Liberty, que nos pede para sermos mais abertos, tem sido acertada", completou Wolff.

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