Ferrari: Arrivabene defende bloqueio à imprensa
Maurizio Arrivabene defende postura ferrarista e diz que time está tentando fazer o que acredita ser melhor para os fãs
A Ferrari não disponibilizou os protagonistas do time para entrevistas até o momento - decidindo até mesmo por não permitir que Kimi Räikkönen conversasse com a imprensa na última quinta-feira, já em Melbourne.
Tal decisão é oposta ao que defende o Liberty Media, grupo que agora controla a Fórmula 1. O grupo acredita que ter as principais figuras do esporte mais acessíveis é fundamental para o crescimento da categoria.
Ao abordar o tema nesta sexta-feira (24), Maurizio Arrivabene, chefe da Ferrari, deu a entender que o curto vídeo com o finlandês falando, postado no Twitter da equipe, foi uma solução melhor do que colocar o piloto para falar com os jornalistas.
Questionado sobre a abordagem da Ferrari em relação à mídia, Arrivabene respondeu: "Defina mídia, o que você quer dizer com mídia? Hoje a definição de mídia é bem ampla em termos de comunicação", disse.
"Mídias sociais também são mídia e não são as únicas nas quais pensamos. Ontem, Sebastian foi quem conversou com a imprensa e utilizamos as redes sociais para postar algo relacionado a Kimi", afirmou.
"O Liberty também destacou que, neste esporte, as mídias sociais são usadas em apenas um por cento do potencial. O ideal é encontrar o equilíbrio."
"Em vez de ter dois pilotos falando a mesma coisa na quinta, tentamos nos certificar de que Sebastian dizia uma coisa e Kimi abordava outra. Então cobrimos todas as plataformas de comunicação, deixando felizes os mais jovens também", acrescentou.
Rivais pensam diferente
Outros chefes de equipe acreditam, porém, que é vital para os times disponibilizar os pilotos para a imprensa, pois é importante para ajudar na promoção da categoria.
"É um negócio de mídia, no fim das contas. Precisamos nos conectar às mídias e é importante que façamos com que os pilotos sejam acessíveis à imprensa, aos fãs. De que outra forma promoveríamos este esporte?", indagou Christian Horner, chefe da Red Bull.
Toto Wolff, chefe da Mercedes, acrescentou: "Temos de satisfazer três gerações diferentes: os que nos acompanham há muito tempo, os que nos seguem há algum tempo e os que estão chegando agora. Precisamos pensar em todos."
"Por exemplo, quando lançamos o carro, investimos tempo considerável no evento, o que é um risco em termos de desenvolvimento do carro, pois tempo é essencial nesta área. Mas fizemos uma transmissão ao vivo no Facebook e vídeo em câmera 360°. Tivemos quase um milhão de visualizações em 24 horas", destacou.
"Foi um sucesso, precisamos utilizar todas as ferramentas, sem nos esquecer de nenhuma audiência dentro destes grupos e fazer algo específico para cada um deles. A abordagem do Liberty, que nos pede para sermos mais abertos, tem sido acertada", completou Wolff.
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