Ferrari considera trazer Alfa Romeo à F1 como time B
Presidente diz que nova equipe deve ser para jovens pilotos italianos crescerem dentro do campeonato mundial
Mais uma vez o presidente do grupo da Ferrari, Sergio Marchionne - que também detém a marca Alfa Romeo - disse que a montadora pode voltar à Fórmula 1 como equipe B do time de Maranello para o desenvolvimento de jovens italianos.
A declaração de Marchionne vem na semana em que a Scuderia confirmou que contará com o vice-campeão da GP2, Antonio Giovinazzi, como terceiro piloto no ano que vem.
"A Alfa Romeo na F1 pode se tornar um excelente terreno para jovens pilotos italianos", disse ele à mídia italiana.
"O melhor, Giovinazzi, já está conosco, mas há outros além dele que estão lutando para encontrar espaço.”
"A Alfa Romeo, mais do que nossas equipes de clientes, poderia oferecer a eles esse espaço."
Marchionne, que já muito defendeu a ideia de uma equipe da Alfa Romeo apoiada pela Ferrari na F1, admitiu o projeto terá que "esperar um pouco", até que os principais carros de rua estejam prontos.
"O espaço para Alfa Romeo está aí. É um projeto que, seja qual for a forma, deve encontrar seu lugar", acrescentou.
"Falamos também com (Mattia) Binotto e (Maurizio) Arrivabene (diretor técnico e chefe da Ferrari, respectivamente) para entender de que maneira a Alfa Romeo pode colaborar com a Ferrari.”
"O problema é que, no momento, por causa do lançamento dos carros de rua, temos por lá muitos compromissos de um ponto de vista financeiro. Com o lançamento do Giulia e do Stelvio (carros de rua), teremos que esperar um pouco. Mas espero ser capaz de trazer a equipe de volta."
Abordagem não será como a da Red Bull
Enquanto a academia da Ferrari terá dois pilotos subindo para a GP2 em 2017 - Charles Leclerc e Antonio Fuoco - Antonio Giovinazzi - que terminou em segundo no campeonato em 2016 – assinou com a Ferrari para ser o terceiro piloto do time da Fórmula 1.
Marchionne, entretanto, descartou as sugestões de que a chegada do italiano seja para colocar pressão adicional sobre seus pilotos, Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen. Ele insistiu que a política da Ferrari não é como a da Red Bull, que trocou seus pilotos no meio de 2016.
"Não estamos tentando imitar a experiência de Helmut Marko (consultor da Red Bull) com Verstappen na Red Bull", explicou Marchionne. "Este é um caso único e não podemos fazer igual.”
"Nós gostamos de Giovinazzi porque ele é um grande piloto. A Scuderia deve ter um grupo de jovens pilotos que devem estar prontos para se envolver. Nós não sabemos se no final de 2017 Kimi continuará a correr.”
"Sebastian, por outro lado, terá que encontrar uma sensação melhor com o carro. Ele precisa ter um bom relacionamento com o carro de 2017. Nós lhe devemos muito e queremos dar a ele um carro que esteja à altura."
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