Ferrari exige "clareza e transparência" sobre cópia na F1 em recurso contra Racing Point
A equipe italiana explicou as razões para dar sequência ao recurso contra a punição dada à Racing Point
A novela sobre o caso da Racing Point parece estar longe do fim e pode ser determinante para o futuro da Fórmula 1. Com um recurso junto à Renault questionando a sanção branda que a equipe britânica recebeu, a Ferrari afirmou que espera que o julgamento traga "clareza e transparência" no regulamento sobre cópias no Mundial.
A Racing Point foi declarada culpada no protesto protocolado pela Renault, com a FIA considerando que a equipe copiou os dutos de freios traseiros da Mercedes de 2019, sendo penalizada com 15 pontos no Mundial de Construtores e uma multa de R$2,5 milhões.
Mas a equipe recebeu a permissão para seguir usando os dutos ilegais até o final da temporada, com a investigação afirmando que não é possível para a equipe "desaprender" os designs da rival.
Enquanto Ferrari e Renault entraram com recursos questionando a sanção leve, a Racing Point entrou com o seu próprio recurso, tentando se livrar da punição.
Enquanto a FIA já confirmou que irá endurecer o regulamento da próxima temporada, visando evitar novos casos na F1, o chefe da Ferrari, Mattia Bintto, disse que a motivação por trás do protesto da equipe é ter clareza sobre como as equipes podem proteger suas propriedades intelectuais.
"A razão pela qual confirmamos o recurso é porque precisamos de clareza e transparência", disse Binotto. "Acho que os dutos são um ponto, mas acredito que, eventualmente, a decisão da Corte levantará uma discussão maior sobre o conceito de cópias dos carros, algo muito importante para nós".
"Acredito que seja importante também para o futuro da F1, porque, no final, é sobre discutir as propriedades intelectuais, e eu acho que elas são um ativo importante de uma companhia".
"Se alguém consegue copiar quase que identicamente um carro do ano anterior de um competidor, acho que o regulamento precisa proteger o competidor que foi copiado".
"Por isso acredito que, nesse momento, é importante dar continuidade e entender, por clareza e transparência, e pela competição justa. É importante para o futuro da F1".
O chefe da FIA para monopostos, Nikolas Tombazis, e o secretário-geral da FIA para o esporte, Peter Bayer, informaram as equipes assim que a decisão do recurso foi anunciada, que uma abordagem similar será proibida a partir de 2021.
A Racing Point projetou o RP20 ao estudar fotografias da Mercedes W10 de 2019, usando também conceitos de engenharia reversa, resultando em uma melhora de performance para 2020.
Bayer escreveu às equipes antes do GP da Espanha para anunciar que o regulamento de 2021 será atualizado para "prevenir expressamente as equipes de usar fotografias ou outras ténicas de engenharia reversa para copiar grandes partes dos carros de outras equipes".
A Ferrari também enfatizou a importância das equipes protegerem suas propriedades intelectuais na decisão de não divulgar os detalhes do acordo secreto com a FIA sobre os motores de 2019 da equipe.
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