Ocon acredita que F1 aprendeu uma lição com relargada caótica em Mugello
Piloto da Renault escapou por pouco do engavetamento, mas foi advertido pela Direção de Prova pelo incidente
O engavetamento no GP da Toscana de Fórmula 1, que rendeu a primeira bandeira vermelha da prova, segue sendo um assunto dominante no paddock do Mundial. E para o piloto da Renault Esteban Ocon, o incidente fará com que o grid aprenda algumas lições.
O francês foi um de 12 pilotos que foram advertidos pela direção de prova após o incidente, que levou ao abandono de Carlos Sainz, Kevin Magnussen, Antonio Giovinazzi e Nicholas Latifi.
Ocon estava logo a frente das colisões, e admitiu que ficou muito surpreso pela falta de reação dos carros a frente, a ponto de pensar que sua equipe havia errado quando lhe disseram que a corrida seria reiniciada.
"Eu revi algumas vezes esse vídeo. Claramente as luzes do safety car foram apagadas muito mais tarde do que estamos acostumados".
"De onde eu estava, no carro, eu ouvi que o safety car iria entrar naquela volta. Mas o pessoal ainda estava andando como se fosse mais uma volta com o safety car, então eu achei que o pessoal havia errado".
"Mas, na verdade, eles estavam certos. Nós seguimos andando lento por muito tempo. Obviamente a aceleração é curta e vai aumentando quanto mais longe você estiver, porque a turma de trás tem uma distância maior. Então é como uma hora do rush".
"E sim, todos foram pegos de surpresa, pelo menos atrás de mim. Eu tive sorte de não ser atingido".
Perguntado sobre o regulamento, que exige que os pilotos não façam "acelerações ou frenagens erráticas" na relargada, ele disse: "Gostamos das coisas precisas na F1, em termos de regras, mas nem sempre é fácil fazer isso. Tenho certeza que o tópico surgirá na próxima reunião".
"Agora todos sabem que isso pode acontecer. Acho que todos estaremos mais alertas a essa possibilidade de uma relargada mais tardia. A última vez que vi isso foi em Baku, na F2. Acho que é um exemplo similar que me vem à cabeça".
Apesar de Ocon ter conseguido evitar o acidente, ele foi forçado a abandonar antes da relargada da primeira bandeira vermelha, por um superaquecimento nos freios.
"Obviamente não foi uma corrida fácil para nós. É uma pena, porque gostaria de ter ficado mais nela".
"Acho que a base do carro é bem forte, então isso é um ponto positivo. Eu tive uma largada limpa e a Curva 1 foi boa, mas eu tive que evitar o Carlos [Sainz] que rodou, e acabei perdendo a posição que ganhei antes".
"Depois disso, sofri com o superaquecimento dos freios na traseira, na hora do safety car. Perdemos alguns dados ali e acabamos parando na bandeira vermelha. Era impossível fazer os reparos em uma janela tão curta".
Perguntado se a equipe sabia a causa do problema, ele disse: "Não temos tanta certeza. Pode ter sido causada por detritos na pista que entraram nos dutos. Mas ainda estamos revisando".
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