Playoffs 'estilo NASCAR' na Fórmula 1? CEO diz que "ainda" não
Greg Maffei, diretor da Liberty Media, que gere a F1, não é contra mudanças em esportes tradicionais por emoção, mas diz que não é o momento na categoria
Com uma sequência de temporadas da Fórmula 1 sem emoção na briga pelo título, exceto 2021, muito se discute sobre mudanças na pontuação e formato do Mundial de Pilotos. Uma sugestão que chegou, inclusive, ao diretor administrativo da Liberty Media, Greg Maffei, seria adotar sistema de playoffs semelhante ao da NASCAR. No entanto, para o chefão, "ainda" não é a hora.
Atualmente, são disputadas 24 corridas na F1, com seis finais de semana sprint. Essa alta quantidade, apesar de agradável para quem quer assistir a competição o mais vezes possível, aumenta a chance de o campeonato não ser decidido no final da temporada, caso alguém tenha um desempenho consistentemente melhor que os outros. Por isso, a ideia de deixar o desfecho para o último momento.
Em outros esportes, é comum definir o campeão somente na 'finaleira'. Um exemplo é a NASCAR, que tem seu próprio sistema de playoffs. O piloto deve garantir vaga nessa etapa para ter uma chance de levantar o troféu.
Sistema de playoffs da NASCAR foram sugeridos ao CEO da Liberty Media
Foto de: nascar.com
A desvantagem é que um competidor que foi o melhor durante toda a temporada pode acabar não vencendo, o que diminuiria o valor das corridas disputadas ao longo do ano. O grande debate, neste caso, é do quanto a 'emoção' poderia superar o mérito e a 'justiça'.
Maffei foi questionado no podcast Beyond the Grid sobre um sistema de playoffs na F1 e respondeu dizendo não crer que a categoria tenha chegado ao ponto de forçar um campeão somente no final, mas comentou que o formato é exemplo de sucesso em outros esportes, como no beisebol. "Coroar um campeão mundial no final é uma grande vitória, eu acho, para muitas pessoas".
Citando a MLB (Major League Baseball, principal campeonato da modalidade), que mudou suas regras ao longo dos anos, de exemplo, Maffei enfatizou que, mesmo um esporte com muitos anos de história e tradição pode passar por alterações se necessário. "Não se deve mudar apenas por mudar, mas é preciso progredir e se desenvolver a partir disso", concluiu.
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