Ricciardo: estou na F1 para ser campeão; quando não puder, sairei
Entrando em seu décimo ano na F1, Ricciardo só vê um motivo para abandonar a categoria: não ter condições de vencer
Em primeiro de julho, Daniel Ricciardo completará 31 anos. Com essa idade, a maioria dos pilotos só teriam mais algumas temporadas na Fórmula 1. Apesar de exceções como Kimi Raikkonen, que segue no grid aos 40 anos, o australiano já está no grid desde 2011. E só vê uma razão para largar a categoria nos próximos anos: saber que não tem condições de ser campeão.
Fruto da Academia da Red Bull, Ricciardo tem sete vitórias em 171 GPs disputados, com o terceiro lugar nos campeonatos de 2014 e 2016 como melhor resultado, apesar de não ter chegado a ser uma ameaça à Mercedes em nenhum momento.
Em 2018, o australiano decidiu assumir um novo desafio, assinando com a Renault para 2019, mas não viu nenhuma melhora no carro. E após os testes de pré-temporada de 2020, viu que a situação seria similar.
Com isso, decidiu trocar a equipe francesa pela McLaren, ocupando o lugar deixado por Carlos Sainz, apesar de não haver nenhum indicativo de que isso irá permitir a ele voltar a brigar pelo topo do grid a médio prazo.
"Meu objetivo nesta aventura toda nunca foi só chegar na Fórmula 1", disse Ricciardo em entrevista à BBC Radio 5, antes mesmo de assinar com a McLaren. "Meu objetivo é sair daqui campeão do mundo. Estou feliz de ter chegado à F1? Com certeza. Se não conseguir ficarei decepcionado? Em grande parte sim, porque acredito que tenho o talento para isso".
"O dia que deixar de acreditar nessa possibilidade, provavelmente deixarei a F1. Mas, enquanto estiver ali, continuarei acreditando, sem dúvidas".
Daniel Ricciardo remporte le Grand Prix du Canada 2014
A situação ficou ainda mais complexa devido ao novo regulamento técnico que entrará em vigor em 2022 e que poderão mudar a hierarquia da F1, além do novo teto orçamentário, que passa a valer já no próximo ano.
"É frustrante que na F1 seja tão importante estar na equipe certa no momento certo. Mas por isso assinei. E isso é um aspecto emocionante da F1, o desafio de estar com a melhor equipe nesse momento, e quanto entrar o novo regulamento, veremos se essa segue sendo a equipe correta. Falta alguma coisa? Teremos que trabalhar no que temos?".
"É como uma partida de xadrez. Gostaria que fosse preto e branco, o mesmo para todos para determinar quem é o melhor, mas não é como funciona. Tenho a sensação de que os melhores sempre encontram um modo de chegar no topo", concluiu o futuro piloto da McLaren.
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