Em meio às discussões sobre corridas com grid invertido na Fórmula 1, Daniel Ricciardo foi taxativo para se manifestar contra a ideia. Segundo o piloto australiano da Renault, a F1 teria que estar "desesperada" para considerar a mudança, que "diluiria o produto".
O Motorsport.com questionou Ricciardo logo após as contundentes manifestações do britânico Lewis Hamilton, da Mercedes. O pentacampeão reprovou veementemente a possibilidade e seu colega australiano corroborou a visão do líder do campeonato.
"Não acho que seja a hora certa. Não acho que seja ótimo. Acho que se as regras de 2021 entregarem o que devem, não há motivo para alterar o formato. E isso também diluiria muito o fim de semana. A sugestão é um pouco desesperada e não acho que seja o momento”, comentou Ricciardo, que faz sua primeira temporada na Renault (relembre os carros da escuderia abaixo).
Piloto: Jean-Pierre Jabouille
Piloto: Jean-Pierre Jaboullie
Pilotos: Rene Arnoux, Jean-Pierre Jabouille
Pilotos: Rene Arnoux, Jean-Pierre Jaboullie
Pilotos: Rene Arnoux, Alain Prost
Pilotos: Rene Arnoux, Alain Prost
Pilotos: Eddie Cheever, Alain Prost
Pilotos: Philippe Streiff, Patrick Tambay, Derek Warwick
Pilotos: Francois Hesnault, Patrick Tambay, Derek Warwick
Pilotos: Jenson Button, Jarno Trulli
Pilotos: Fernando Alonso, Jarno Trulli
Pilotos: Fernando Alonso, Jarno Trulli, Jacques Villeneuve
Pilotos: Fernando Alonso, Giancarlo Fisichella
Pilotos: Fernando Alonso, Giancarlo Fisichella
Pilotos: Giancarlo Fisichella, Heikki Kovalainen
Pilotos: Fernando Alonso, Nelson Piquet Jr.
Pilotos: Fernando Alonso, Nelson Piquet Jr., Romain Grosjean
Pilotos: Kevin Magnussen, Jolyon Palmer
Pilotos: Nico Hülkenberg, Jolyon Palmer, Carlos Sainz Jr.
Pilotos: Nico Hülkenberg, Carlos Sainz Jr.
Pilotos: Nico Hülkenberg, Daniel Ricciardo
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"Há alguns esportes, como o UFC, que eu amo, em que você vê uma luta o tempo todo, mas fica menos empolgado, menos interessado, porque sempre tem uma. Então se sempre há uma corrida, ela perde parte do seu valor. Prefiro manter como está”, analisou o australiano.
Ricciardo também criticou o fato de que os pilotos pouco foram ouvidos quanto à formulação das novas regras. "Isso é algo que nos frustra bastante. As coisas chegam a nós pela mídia e estamos tipo: ‘por que não fomos informado sobre isso?’”, ponderou.
"É por isso que tentamos nos esforçar mais nos últimos anos para garantir que estejamos envolvidos. Porque, ao longo dos últimos anos, algumas coisas foram decididas sem consultar os pilotos”.
"Especialmente se é algo em que nós sentimos fortemente, então acho que nossa opinião é mais valiosa do que a de qualquer outra pessoa. Acho que estamos progredindo, mas eles nem sempre gostam de nos envolver - no passado, não o fizeram”, completou Ricciardo.
A principal mudança prevista para 2021 é a reintrodução do efeito solo. O controverso sistema que 'gruda' os carros ao chão e beneficia as ultrapassagens já foi banido da F1 no passado por ser considerado perigoso. No entanto, os entusiastas lembram que a competição era mais acirrada no período em que a tecnologia esteve presente. Relembre as curiosidades sobre o efeito solo:
A tecnologia foi primordialmente explorada pela equipe Chaparral, que utilizou o modelo 2J no campeonato norte americano de protótipos, o Can-Am. No entanto, mesmo sem ter conquistado nenhuma vitória, a novidade foi banida da categoria.
A equipe chegou a experimentar o efeito solo em 1977, mas foi no ano seguinte que implementou a tecnologia em definitivo. O time venceu oito corridas naquele ano e conquistou o mundial de construtores e o mundial de pilotos com Mario Andretti.
Andretti venceu seis provas e somou 64 pontos, 13 a mais que seu companheiro de equipe, Ronnie Peterson. A Lotus só não venceu todas as etapas do mundial porque seu carro tinha problema de confiabilidade, algo comum na antiga F1.
Colin Chapman, o projetista chefe e proprietário da Lotus, colhe até hoje os louros pelo sucesso do efeito solo na F1. No entanto, apesar de ser o idealizador do carro vencedor, os responsáveis por trazer o efeito solo para a equipe foram Tony Rudd e Peter Wright, que já tinham tentado algo similar na BRM no final dos anos 60.
Além da Lotus, outras equipes de várias categorias já estavam perseguindo ideias semelhantes desde o começo da década de 70. A Brabham foi quem mais se aproximou de bater a Lotus em 1978.
Niki Lauda venceu a etapa da Suécia da F1 com um carro que usava um ventilador para "chupar" o ar debaixo do carro e forçar o efeito solo. No entanto, a tecnologia do time foi banida antes do fim da temporada.
Apesar de não usar o efeito solo em 1978, a equipe italiana foi vice-campeã em 1978, graças à confiabilidade do carro que venceu todas as vezes que a Lotus teve problemas. Em 1979, a Ferrari reuniu o que tinha de melhor do carro do ano anterior com uma versão própria do efeito solo, e com isso dominou o campeonato. Jody Scheckter venceu e Gilles Villeneuve foi vice.
A Williams resolveu dois problemas do efeito solo e faturou a temporada de 1980 com Alan Jones. A equipe conseguiu reduzir os custos da solução e fazer com que as peças se ajustassem às curvas, evitando a perda do efeito fora das retas.
Nelson Piquet venceu suas primeiras corridas a bordo de uma Brabham naquele mesmo ano e fez frente à Alan Jones no campeonato mundial.
O brasileiro triunfou três vezes na temporada e chegou a liderar o campeonato.
No entanto, a falta de confiabilidade do carro acabou impedindo Piquet de pontuar nas duas últimas etapas, enquanto Jones vencia as provas e superava o brasileiro, sagrando-se campeão mundial.
O ano foi um dos mais disputados da história da categoria, com sete pilotos de seis equipes diferentes vencendo corridas.
Nelson Piquet brilhou no carro da Brabham, que era capaz de se ajustar às curvas para manter o efeito solo e vencer a concorrência. O brasileiro conquistava ali o primeiro título mundial de sua galeria.
No último ano do efeito solo na categoria, Rosberg se valeu da regularidade para ser campeão mundial.
Naquele ano, 11 pilotos diferentes venceram corridas, mas o finlandês, que venceu apenas uma, chegou mais vezes nos pontos do que todos os rivais e levou o caneco.
Os acidentes se tornaram frequentes com o avanço do efeito solo, pois bastava o carro tocar no chão para o efeito ser totalmente cancelado, fazendo com que os pilotos perdessem o controle do carro. Dois dos acidentes foram fatais. Na imagem acima, o acidente que tirou a vida de Gilles Villeneuve.
O último acidente fatal daquele ano foi o de Riccardo Paletti, no Canadá. Logo em seguida, a FIA decidiu eliminar totalmente o efeito solo. Depois do acidente de Paletti, as próximas mortes durante em um fim de semana de GP foram as de Ratzenberger e Senna em Imola, 12 anos depois.
Em 2019, a F1 está decidindo os rumos que tomará no futuro. Buscando aumentar as ultrapassagens e o espetáculo, a categoria decidiu reintroduzir a tecnologia a partir de 2021.
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Valentin Khorounzhiy
Fórmula 1
Daniel Ricciardo
Renault F1 Team
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