Ron Dennis quer Sauber como "equipe satélite"
Diretor executivo da McLaren vê time suíço como parceira ideal para se tornar segunda equipe da Honda
Foto de: XPB Images
No final de semana do GP de Abu Dhabi, Ron Dennis, diretor executivo da McLaren, admitiu que vetou a parceria entre Honda e Red Bull em 2016 justificando que não haveria tempo hábil para a fabricante japonesa produzir peças em número suficiente para abraçar mais um time.
No entanto, há uma pressão crescente por parte de Jean Todt, presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), e do chefão da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, para que a Honda forneça propulsores para outra equipe a partir da temporada 2017.
Neste cenário, a parceira óbvia - e a desejada por Dennis - para ser a "equipe satélite" do time de Woking é a Sauber, pois a McLaren não vê o time suíço como um adversário direto na categoria.
Monisha Kaltenborn, chefe da Sauber, insistiu que houve apenas uma conversa superficial sobre a situação da equipe de Hinwill em relação aos motores na última reunião da comissão da F1, mas ela admitiu que, a longo prazo, mudanças podem acontecer - atualmente, a Sauber recebe motores da Ferrari.
“Houve muita conversa sobre motores nas reuniões em que estivemos. Neste contexto, discutimos uma opção como esta, olhando para o passado e vendo o que aconteceu", disse a dirigente em entrevista ao Motorsport.com.
“Nesse contexto, também tivemos uma conversa sobre nossa situação atual de motores e dissemos que temos um contrato, mas você deve manter abertas todas as possibilidades. O discurso público é de que as fornecedoras atuais precisam abastecer mais equipes. Temos um longo e bom relacionamento com a Ferrari, mas ninguém sabe o que pode acontecer daqui a dois, três ou quatro anos", afirmou.
Deixando o tema ainda mais intrigante, Kaltenborn admitiu uma vez teve uma conversa com Kamui Kobayashi, ex-piloto do time, sobre a possibilidade de a equipe receber motores da Honda.
“Certa vez, surgiu um rumor de que estaríamos pensando em ter um acordo com a Honda. Não fomos abordados por eles, podemos dizer, mas isso surgiu por causa de Kamui Kobayashi - que veio e nos perguntou sobre o tema. Não me pergunte se foi no ano passado ou no retrasado, mas foi este o contexto daquela conversa", completou.
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