Sainz Jr.: reclamar no rádio é meio fácil de ultrapassar
Carlos Sainz Jr. reconhece que reclamar via rádio se tornou comum na Fórmula 1 porque é meio "mais fácil e direto" de ultrapassar
O ponto que mais chamou a atenção de todos no GP do México foi a conversa de rádio entre Sebastian Vettel e a Ferrari após o incidente entre o alemão e Max Verstappen na disputa pela terceira posição.
Vettel, furioso, queria que o holandês cedesse a posição e ofendeu diretamente tanto o piloto da Red Bull quanto Charlie Whiting, diretor de prova da categoria - após a prova, Verstappen foi punido e o ferrarista chegou a subir ao pódio, antes de ser punido por outro incidente: ter se movido na freada em uma disputa com Daniel Ricciardo, que ficou com o terceiro lugar no fim.
Carlos Sainz Jr., que se envolveu em um incidente com Fernando Alonso na curva 3, foi punido após o piloto da McLaren esbravejar no rádio e, além de não ter se incomodado com a atitude do compatriota, reconheceu que reclamações via rádio têm se tornado comuns na Fórmula 1.
"Você pode reclamar no rádio sempre. Eu provavelmente teria feito o mesmo, aberto o rádio e pedido uma punição - é o meio mais fácil e direto de ultrapassar, todos fazemos isso", disse.
"Eu realmente não me importo, acho que todos nós ficamos empolgados demais com os rádios, então não o culpo por isso. Apenas acho que a punição dada pelos comissários foi dura demais", afirmou.
Punições no modo "loteria" e crítica a abordagens diferentes
O piloto da Toro Rosso criticou a falta de consistência dos comissários de prova, dizendo que muitos pilotos escapam de punições executando manobras mais perigosas.
"Ouvi dizer que muitos estão reclamando e não há punições. É complicado quando eles julgam cada uma de um jeito - você ser punido ou não acaba virando loteria. Claro, se coloquei Fernando em uma situação perigosa, peço desculpas. Mas é uma corrida, é a primeira volta. Não vou ceder nenhuma posição de graça", disse.
"Parece que tivemos muitas situações bastantes semelhantes ao que vivi com Fernando e nenhuma punição foi aplicada. É isso que a F1 precisa entender - se vai analisar um acidente de cada vez ou se vai fixar uma regra, como no caso da mudança de direção nas freadas", observou.
"Eu não sei, hoje em dia é muito difícil saber o que vai acontecer quando você executa certo movimento, se você será punido ou não", completou.
Reportagem adicional por Luis Ramirez
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