Sedes e fábricas das equipes de F1: onde estão, dados e histórico
Os dez esquadrões que compõe o grid não se diferenciam apenas pelos pilotos e chefias, mas também pelos seus centros de gestão e produção
A temporada 2023 da Fórmula 1 está chegando. Para já, sabe-se qual será o grid de pilotos que vai moldar as equipes, bem como os circuitos onde as próximas corridas serão realizadas – à exceção da última baixa do GP da China, pois ainda não se sabe se terá um substituto.
Apesar da categoria estar continuamente avançando e introduzindo melhorias e atualizações, a sede das equipes é uma das poucas coisas que permanecem estáveis e no lugar. A maioria deles está localizada no Reino Unido e na Itália, com exceção da Alfa Romeo, que aguarda suas instalações em Hiwil, na Suíça.
Fábrica da Mercedes: Brackley, Reino Unido
Barckley, no Reino Unido, é a casa da Mercedes desde 2010. A sede britânica, com uma superfície de 60.000 m2, hospeda as principais instalações de design, fabricação e desenvolvimento dos carros que competem sob os cuidados de Lewis Hamilton e George Russell.
A fábrica conta com quatro edifícios. Assim como as outras bases de trabalho na F1, é possível encontrar um túnel de vento, simuladores para os pilotos, bancos de energia, assim como recurso necessário para poder proporcionar as melhoras que o carro requer ao longo da temporada.
Pode-se dizer que parece com uma fábrica de automóveis, mas com um toque de hospitalidade e laboratório científico. No entanto, embora possa parecer um lugar 'gelado' visto de fora, ao colocar um pé na entrada, é como se estivesse entrando no passado, presente e futuro da Fórmula 1.
Fábrica da Aston Martin, Silverstone, Reino Unido:
Embora também esteja no Reino Unido, Lawrence Stroll anunciou recentemente a nova fábrica milionária da Aston Martin em 2024, uma sede "inteligente" que está sendo construída em Silverstone, fazendo "fronteira" com a que já está operando.
A construção conta com um total 37.000m2.. O Motorsport.com teve a oportunidade de visitar as novas instalações e Lawrence explicou que o que se espera da nova edificação é dar prioridade a funcionalidade e não a estética.
Render de la fábrica de Aston Martin en Silverstone
As obras se dividem em três partes principais: a primeira, o edifício principal que ficará pronto em maio de 2023 - e é de onde sairá o design do carro e onde acontecerão os trabalhos principais. O segundo prédio 'receberá' o túnel de vento, previsto para ser concluído no terceiro trimestre de 2024 e a última parte ficará destinada aos empregados e aos eventos. As três construções estarão unidas por pontes conectadas entre si.
Fábrica da Red Bull, Milton Keynes, Reino Unido:
No ano passado a equipe renovou sua fábrica com o objetivo de criar um oitavo edifício para a futura fabricação de motores, de acordo com o consultor do esquadrão Helmut Marko.
Como no restante dos times, há simuladores para os pilotos, edifícios e grandes salas onde são fabricadas as peças necessárias para construir e dar forma aos carros, os escritórios dos gerentes e do restante dos funcionários e, claro, várias salas expositivas onde é possível encontrar os carros das temporadas passadas, assim como grandes vitrines onde são guardadas os troféus das inúmeras vitórias.
Fábrica de Red Bull Racing, 2011
Fábrica da Haas F1, Banbury, Reino Unido:
Em 2015, a equipe norte-americana anunciou que iria adquirir uma sede logística na Europa, após assegurar as instalações da Marússia e, por tanto, deixar para trás sua fábrica principal em Kannapolis, na Carolina do Norte. Na temporada de 2016, Guenther Steiner fez um 'tour' pela fábrica e, por meio de um vídeo, mostrou as instalações principais.
Isso incluí armazéns onde estão as ferramentas para a fabricação dos carros, mesas de controle e logística para mensurar os dados de rendimento, simuladores para os pilotos e etc.
Fábrica da McLaren, Woking, Reino Unido:
Em 2021, a McLaren vendeu sua sede em Woking, na Inglaterra, para a empresa americana Global Net Lease (GNL), mas no fim, nada foi mudado nem vendido por completo, já que será mantido a sede nos edifícios atuais em troca do pagamento do aluguel.
Trata-se de uma instalação de mais de 78.000m2 onde acontecem diversas atividades além das relacionadas com a F1. Foi vendida por um total de 197 milhões de euros, nos quais permitiram a equipe a dar sequência nos negócios com a liquidez necessária. Além disso, o prédio não é conhecido como centro de produção ou fábrica simplesmente, mas sim como centro tecnológico tendo em vista a estrutura e avanços que apresenta.
O edifício, cujo formato lembra o 'ying e yang' foi desenhado pelo arquiteto Norman Foster e inaugurado em 2004. O prédio conta com um grande lago e uma estrutura enorme 'recheada' por um centro tecnológico e de produção. Além disso, possuí laboratórios, salas de produção e um corredor subterrâneo que conecta ambas as zonas.
Fábrica da Alpine, Enstone, Reino Unido:
Pela instalação do atual esquadrão francês passaram equipes como Benetton, Renault e Lotus. O edifício, retangular e recheado de vidraças, apresenta uma espécie de recepção onde é possível ver alguns dos carros que fizeram parte do time ao longo dos anos. Na área destinada a visitas, há grandes telas onde são mostrados os melhores momentos dos pilotos, assim como seu prêmios e carros.
Da mesma forma, existem grandes escritórios com mais de 70 pessoas que se dedicam ao desenho informatizado das peças, assim como grandes salas de materialização e fabricação desses mesmos elementos. Um túnel de vento, simuladores e sala de teste - realizam mais de 100 testes por ano com os carros, o qual corresponde a três testes por semana, cerca de 20 voltas simuladas por dia.
Fábrica da Williams, Grove, Reino Unido:
A última das sedes que estão no Reino Unido é a da Williams. A fábrica foi inaugurada em 2011 e conta com um terreno de 3.800m2. Acolhe um total de 250 trabalhadores, entre eles engenheiros de design e técnicos que trabalham nos principais projetos da Fórmula 1. A metade do terreno é coberta com grama e várias fileiras de árvores podem ser vistas.
No outro extremo, é onde está o túnel de vento que foi transferido de Didcot, Inglaterra. Como o resto das equipes e sedes, conta com instalações básicas, tais como as oficinas de logística, salas de fabricação e produção de peças, simuladores e centros de testes.
Fábrica da Ferrari F1, Maranello, Italia:
A fábrica principal da Ferrari foi construída em Maranello, na Itália, em 1943. Nos anos anteriores, Enzo Ferrari contava com uma fábrica mecânica em Modena, a cerca de 15km de distância. Pode ser considerada como uma "cidade empresarial", mesmo que seja certo que essa não foi a intenção principal de Enzo.
As instalações contam com um túnel de vento projetado por Renzo Piano, oficinas mecânicas, uma cantina e um centro de logística desenhado por Luigi Strurchio. Ainda possuem um edifício para a linha de montagem e outro para o desenvolvimento dos produtos da empresa.
Algo que se tornou realidade é que os termos "Ferrari" e "Maranello" se fundiram, de tal forma que as pessoas tendem a associar o nome da cidade à fábrica e, portanto, à equipe. Não é uma estrutura blindada isolada do exterior, mas sim ligada à cidade natal.
Fábrica de AlphaTauri, Faenza, Italia:
AlphaTauri é a segunda e última equipe com sede na Itália, e neste caso, em Faenza. O edifício branco e cheio de vidraças guarda a história do que antes era escuderia Toro Rosso. Grandes escritórios, uma ampla recepção, máquinas de última tecnologia, túnel de vento, escritórios de design e produção de materiais e peças. Uma longa viagem pela história do esquadrão.
Fábrica da Alfa Romeo, Hinwil, Suiza:
Terminamos o passeio na fábrica da Alfa Romeo, na Suíça - a única escuderia que atualmente não conta com uma sede na Itália ou no Reino Unido - cidade situada a cerca de 30km de Zurique. O edifício conta com dois simuladores e um protótipo que é possível ver o interior do carro, com a finalidade de apreciar sua obra de engenharia.
O eixo central da fábrica é o túnel de vento, uma estrutura oval, no qual ocupa uma grande parte da sede. O simulador, por sua vez, se trata de uma tela de mais de 20 metros de largura que dá ao piloto uma grande visão realista.
Por fim, impressoras 3D para a fabricação de peças, assim como grandes escritórios onde ocorrem a magia da Fórmula 1.
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