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Smedley detona restrição de comunicação via rádio na F1

Chefe de perfomance da Williams critica quem se opõe a abrir as comunicações de rádio com os pilotos da F1 durante as provas

Rob Smedley, Williams Head of Vehicle Performance
Valtteri Bottas, Williams
Rob Smedley, Williams Head of Vehicle Performance in the FIA Press Conference
Radio on team pitwall
Felipe Massa, Williams FW38 on the grid
Rob Smedley, Williams Head of Vehicle Performance

As controversas restrições de rádio que chacoalharam a F1 nas últimas corridas e que acabaram sendo liberadas pelo Grupo de Estratégia no mês passado, voltaram a ser objeto de comentário. Desta vez, quem analisou a situação foi Rob Smedley, chefe de performance da Williams. 

Para ele, as restrições não têm o menor sentido, ainda mais em um cenário moderno em que os carros são máquinas complexas e no qual as equipes têm vital influência na performance geral do piloto. 

“Acho que do ponto de vista de um engenheiro, abrir a comunicação de rádio é a coisa certa a se fazer", disse Smedley.

“Os carros atualmente são complexos com essas unidades de potência, e ser capaz de pilotar a 320km/h e ainda administrar o desempenho ou algum outro problema que apareça é um pouco demais". 

"Todo mundo quer voltar para uma F1 que não existe mais, quando tínhamos carburadores, cabo de acelerador e câmbios manuais, em vez da incrível complexidade que os carros apresentam atualmente". 

“Além disso, é um esporte em equipe. Atualmente temos 500 pessoas trabalhando em um time".

“Se considerarmos esse fútil argumento de que os pilotos devem estar sozinhos no carro, então por que não damos um passo atrás e nos livramos de toda essa parafernália tecnológica?".

“Ou então, para satisfazer aqueles que pedem que os pilotos façam tudo sozinho, em vez de trazermos os carros prontos poderíamos trazer as peças numa mala e deixá-las para os pilotos montarem os carros. Daí eles poderiam fazer tudo, montar, pilotar e até conversar consigo mesmo no motorhome", ironizou.

“Aonde vamos parar assim? É um argumento vazio e fútil. Independentemente de ser chamado campeonato mundial de pilotos, queiram ou não, é um esporte de equipe. E se não fosse algo em equipe, não teríamos 500 pessoas trabalhando para dois pilotos e para o bem do time". 

Reportagem adicional de Jamie Klein

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