Symonds detona restrições de rádio "ridículas e negligentes"
Diretor técnico da Williams demonstrou toda sua insatisfação com as novas regras
Nico Rosberg foi punido em 10 segundos após o término do GP da Grã-Bretanha, por ter um problema no câmbio a seis voltas do fim e contar com o auxílio de seu engenheiro, Tony Ross, para solucionar a falha no volante de seu carro, o que não é permitido.
Pat Symonds, diretor técnico da Williams, não está gostando das coisas como estão agora. Para ele, as restrições de rádio deixaram o caminho livre para Sergio Perez sofrer um acidente, tendo como resultado da falha de freio no GP da Áustria.
"No pitwall sabemos as regras muito bem e, normalmente, quando algo acontece sabemos o que fazer", explicou. "Com isso, cada corrida, há um debate no pitlane sobre o que poderíamos fazer ou não."
"Com Perez na Áustria foi ridículo. Você toma milhares de libras de prejuízo por danos ao carro porque você não pode dizer ao piloto que seus freios estão prestes a falhar? É negligente. Não é apenas errado, é negligente."
Symonds disse que se a Williams estivesse na mesma situação da Force India, aceitaria a punição.
"Debatemos muito a situação de Perez e se fosse conosco, falaríamos para o piloto parar, não nos importamos com a punição, não vamos correr de ter um piloto machucado."
Repensando regras
Symonds não é a única figura que não gosta das novas regras de rádio. O chefe da Red Bull, Christian Horner, cujo piloto Max Verstappen foi o grande beneficiado pela penalidade de Rosberg, acredita que chegou o momento para se repensar naquilo que o esporte deve alcançar.
"Os carros são tecnicamente muito complexos e você pode entender porque a Mercedes gostaria de dar essa mensagem e manter seu piloto de corrida", disse ele.
"Hoje as regras são o que são e hoje se pergunta: será que Nico e a equipe violaram as regras? E, portanto, qual é a punição? A verdadeira pergunta deveria ser: essas regras são corretas para a F1?"
Symonds acrescentou: "não gosto. Para mim é um esporte de equipe e devemos trabalhar em conjunto. Se as pessoas realmente se opõem às orientações, eu posso viver com isso, mas não acho que isso seja um grande problema. Onde é que vamos traçar essa linha?"
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