Wolff: rodadas triplas em 2021 sobrecarregarão membros das equipes
Chefe da Mercedes afirmou que a equipe já analisa a possibilidade de revezar pessoas ao longo do ano
As rodadas triplas surgiram em 2018, mas a recepção ruim das equipes fez com que a Fórmula 1 prometesse não usar mais o formato, que voltou em 2020 de forma excepcional devido ao calendário afetado pela pandemia. Mas o cronograma de 2021 contará com duas rodadas triplas e isso levou a Toto Wolff alertar que o custo humano pode ser alto no futuro.
Em 2018, ele foi testado com uma sequência entre os GPs da França, Áustria e Grã-Bretanha, mas a exaustão causada em cima dos membros da equipe foi o principal motivos para críticas. Em 2020, com o impacto da Covid-19 no esporte, 12 das 17 etapas da temporada são disputadas em rodadas triplas, incluindo as nove primeiras provas em 11 semanas.
Para este ano, foi aceito pelas equipes porque o esporte precisava realizar o maior número de provas possível em um pequeno espaço de tempo para cumprir os contratos de transmissão e patrocínio. Apesar desse "mal necessário", chefes e pilotos vinham pedindo para que isso não virasse a nova forma da F1.
Mesmo assim, quando a F1 divulgou o calendário provisório de 2021 com 23 etapas, foi revelado duas rodadas triplas em sequência. Primeiro, com Spa, Zandvoort e Monza e, na sequência, uma ainda mais complicada, com Sochi, Singapura e Suzuka.
O calendário teve uma recepção mista no paddock, com as equipes compreendendo a necessidade de recuperação após um 2020 difícil em termos financeiros, mas pediram cautela com relação aos membros dos times.
"Acho que as equipes se beneficiam com o crescimento de renda", disse Toto Wolff. "Nesse respeito, temos que apoiar o negócio a crescer. Por outro lado, duas rodadas triplas criará uma sobrecarga nas pessoas. Haverá uma na Ásia, com os membros ficando mais de três semanas fora de casa, e isso não é bom".
Wolff explicou que a Mercedes já considera fazer uma rotação entre os membros para tentar gerenciar o fardo.
"Não podemos esquecer que os que trabalham mais são os que montam e desmontam as garagens e os mecânicos, que trabalham a noite toda se algo sair errado".
"É preciso questionar se isso é sustentável ou se teremos que implementar um sistema com duas equipes de pessoas para revezar, e é isso que estamos vendo no momento".
O CEO da F1 Chase Carey disse recentemente a investidores que espera no futuro um calendário de 24 provas, o que tornaria as rodadas triplas um cenário provável.
O chefe da Haas, Gunther Steiner ecoou as preocupações de Wolff e pediu que a Liberty Media analise se é sustentável esse plano de expansão do calendário.
"Vai ser um fardo para as pessoas, especialmente nesse momento que vivemos. A FOM precisa analisar isso, se é algo que teremos que fazer a longo prazo, se isso é sustentável e se não cria uma saturação entre os espectadores".
Steiner disse que as equipes também precisarão encontrar uma solução caso o calendário siga crescendo.
"No lado humano, precisamos encontrar planos para não sobrecarregar ninguém. Eles já estão sobrecarregados normalmente, mas precisamos deixar claro que isso não pode acontecer o tempo todo".
"Se nos render mais verba, precisamos pensar em modelos para tornar isso algo sustentável para nós. É parte do caminho que a Fórmula 1 quer para o futuro. Mas vamos ter que esperar mais alguns anos para ver se mais corridas é o caminho certo. Precisamos de uma solução para não sobrecarregar ninguém".
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