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Com volta de Galvão na narração da Stock, filho pede “Cacá Bueno do Brasil”, em caso de vitória

“Para a alegria dos haters”, filho de locutor e pentacampeão da Stock Car se diz feliz com volta de pai na locução e espera que seja uma constante no campeonato

Cacá Bueno em Interlagos

Foto de: Duda Bairros

Após 15 anos de ausência, Galvão Bueno voltará a narrar uma prova da Stock Car. Isso vai acontecer neste domingo, quando a categoria realiza a 11ª edição da Corrida do Milhão, sétima etapa da temporada 2019.

A principal voz do automobilismo da Globo foi proibida de participar das transmissões da categoria em 2004, a pedido do então diretor-executivo da Central Globo de Esportes, Marco Mora. Depois de 15 anos, as coisas mudaram e o próprio Galvão fez o pedido para trabalhar na locução da categoria.

Na época, a justificativa era que não ficava bem o pai narrar as seguidas vitórias do filho, Cacá Bueno, que hoje é um dos principais nomes da história da Stock Car, tendo conquistado cinco títulos.

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Em Interlagos, nos preparativos para a prova do próximo domingo, Cacá comemorou a volta do pai à Stock.

“Uma vitória com meu pai narrando não me falta”, disse Cacá com exclusividade ao Motorsport.com. “Ganhei uma corrida no Dia dos Pais no Rio de Janeiro (em 2002) e desde 2004 ele não narra mais. Para a alegria dos haters, o Galvão vai voltar a narrar uma corrida minha e tomara que seja com uma vitória.”

Cacá relata a reclamação de algumas pessoas próximas, mas que não tinha fundamento: “Durante muitos anos escutei ‘nossa, seu pai, hein? Quando você ganha ele grita a beça, ele exagera, só fala o seu nome’ e eu escutava esta história em 2008, 2010, 2012, sendo que meu pai parou de narrar a Stock Car em 2004, tem 15 anos.”

“É uma alegria vê-lo de volta, do melhor narrador esportivo da história, tenho que puxar o saco mesmo, isso só levanta nossa categoria, só levanta os participantes que estão aqui. Se o Galvão está narrando, se a Globo está transmitindo é porque temos um baita evento e acho que vai ser sensacional.”

“Isso mostra todo o potencial que temos aqui. Tivemos anos sofridos com a crise, o automobilismo sofreu. Temos um grid com Rubens Barrichello, Lucas di Grassi, Ricardo Zonta, de Nelsinho Piquet, vários ex-F1 na pista, vários campeões de Stock Car na pista, sem dúvida nenhuma tem tudo para ser um evento histórico.”

Cacá explicou como a carreira deslanchou, deixando de ser o filho do narrador, para o piloto vitorioso.

“Minha passagem pela Argentina foi um pouco para isso. Quando corri lá, fui campeão sul-americano e fiz campeonatos argentinos. Naquele momento, quando ninguém conhece os narradores argentinos aqui e lá ninguém conhecia o meu pai, aquilo foi muito libertador para mim.”

“Quando voltei, eu não tinha essa cobrança, mas talvez para o público brasileiro sim. Nenhum dos meus cinco títulos foi narrado pelo Galvão. Ele parou de narrar antes de eu ganhar o meu primeiro, então, enquanto eu ganhava meus títulos e ele parava de narrar, essa tendência da crítica foi diminuindo e foi passada para o lado da admiração.

“Fico feliz que ele tenha voltado, hoje estou mais cascudo, tenho as costas mais largas e se vier um ou outro hater de plantão, estou preparado. Vivemos no país do mimimi, não é? Se vier um ou outro, estamos escorados para isso. Tomara que isso seja uma constante nos próximos anos.”

Feliz com a volta do pai nas narrações da Stock, Cacá revelou um desejo, caso consiga vencer a Corrida do Milhão no domingo.

“Ele narrou algumas vitórias minhas, a do Dia dos Pais ele quase não fala meu nome com medo de falar muito, mas mesmo ele narrando minhas vitórias, ele não falou ‘Cacá Bueno do Brasil’, o que é lógico, estamos no Campeonato Brasileiro, e todos são do Brasil, então fica o pedido de que se eu ganhar, que ele fale ‘Cacá Bueno do Brasil’, por mais que pareça diferente, não necessário, mas pessoalmente, eu adoraria ter isso em casa.”

Confira os principais bordões dos narradores de automobilismo da TV brasileira

Galvão Bueno:
Clássico bordão do icônico narrador em referência ao tricampeão da Fórmula 1
Galvão Bueno:
No GP do Japão de 1991, em que conquistou seu terceiro título, o brasileiro entregou a vitória para seu companheiro austríaco Gerhard Berger, para loucura de Galvão
Galvão Bueno:
No GP da Hungria de 1986, a memorável ultrapassagem de Piquet sobre Senna, por fora, foi narrada de forma eufórica por Galvão
Galvão Bueno:
Verbalizada no GP da Europa de 1993, a cornetada foi para Michael Andretti, então companheiro de Senna. Enquanto o brasileiro brilhou, o norte-americano abandonou outra vez, dando sequência à má fase na F1. Andretti nem terminou a temporada
Galvão Bueno:
Narração épica da primeira vitória de Rubens Barrichello na F1, a primeira do Brasil em sete anos. Foi no GP da Alemanha de 2000. "Isso, Rubinho! Solta o cinto e levanta do carro! Ergue o seu punho, viva seu momento! Faça rolar suas lágrimas, porque elas são de alegria, mas são também de uma carreira muito sofrida, de muita gente que não acredita, de gente que tem o mau hábito de não respeitar o talento dos outros. Chega o momento de Rubens Barrichello. A vitória é sua, Rubinho!"
Cléber Machado:
"É inacreditável. Olha, é inacreditável. Não há nenhuma necessidade de a Ferrari fazer isso". Foi assim que Cléber Machado definiu o fim do GP da Áustria de 2002. Um ano depois de a escuderia pedir para Barrichello entregar uma vitória ao alemão Michael Schumacher, que brigava pelo título em 2001, nova ordem obrigou o brasileiro a abdicar do triunfo de forma lamentável em 2002, quando Schumacher liderava com folga. Triste e inesquecível
Galvão Bueno:
O ocorrido na Áustria não apagou a marca registrada em homenagem a Rubinho, responsável pela última vitória brasileira na F1, na Itália, em 2009
Galvão Bueno:
No GP da Hungria de 2010, Schumacher tentou evitar ultrapassagem do brasileiro espremendo-o no muro. Mas Rubinho levou a melhor na batalha entre ex-companheiros de Ferrari. "O muro acabou na hora certa, gente, ele ia bater no muro. E olha que o Schumacher jogou ele na parede, amigo", definiu Galvão
Galvão Bueno:
Schumacher quebrou no GP do Japão de 1991. Galvão narrou: "Schumacher ficou para trás. Olha lá o Schumacher, a corrida acabando para ele. Fizeram [Benetton] a opção deles. Não quiseram mais o Piquet e o Moreno. Olha, com Schumacher e com Brundle, eles vão gastar dinheiro, viu? Eles vão gastar dinheiro na próxima temporada, porque o que eles [pilotos] batem não é fácil, e o que eles estouram de motor..."
Galvão Bueno:
Mais um clássico de Galvão, desta vez para Massa, último piloto brasileiro na F1
Galvão Bueno:
"Hamilton é campeão mundial. Na última curva". Triste e memorável narração no GP do Brasil de 2008, no qual Massa foi campeão por alguns segundos, até que o britânico ultrapassou Timo Glock para conquistar seu 1º título, ainda com a McLaren
Galvão Bueno:
Mesmo quem não gosta de F1 já deve ter ouvido este clássico
Galvão Bueno:
Bordão do narrador para situações de chuva forte
Galvão Bueno:
Mais um bordão de Galvão para situações de chuva na F1
Luis Roberto:
Max Verstappen venceu o GP da Áustria de forma impressionante neste ano. Depois ultrapassar a Ferrari do alemão Sebastian Vettel, o holandês fez um "gol da Holanda", como definiu Luis Roberto
Sérgio Maurício:
Bordão elogioso de Sérgio Maurício (à direita), mais um narrador de automobilismo do Grupo Globo
Téo José:
Marca registrada do narrador da Fox Sports, que sempre emprega o bordão para decretar o vencedor das corridas
Téo José:
"Passa Tony, passa Tony, passa Tony, passa Tony, passa Tony. Não perde mais, Tony Kanaan!" Na versão feliz do 'hoje não, hoje sim', Téo José viu Max Papis ter pane seca para delegar ao brasileiro Tony Kanaan sua primeira vitória na Indy, na US 500 de 1999
Luciano do Valle:
"Sabe por quê? Vai dar bandeira amarela, e o Emerson está na frente. Ganhou o Brasil! Ganhou o Brasil! Espetacular! Uma vitória que vai ficar para a história de todos nós!". Foi assim que o saudoso narrador definiu a primeira vitória de Emerson Fittipaldi nas 500 Milhas de Indianápolis, em 1989
Sergio Lago:
O ex-narrador do Speed e Fox Sports tem um jeito característico após o comando de ligar os motores nas provas da NASCAR. Além dele, ficou famoso também o "Bandeira verde!", anunciando o início de cada prova da maior categoria do automobilismo norte-americano.
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