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Stock Car: Barrichello fez "mágica" para chegar em 8º com problemas no câmbio

"Apertar a embreagem me fez voltar aos tempos de juventude", disse o piloto, que precisou fazer punta-taco para trocar de marcha em Londrina

Rubinho Barrichello

Rubens Barrichello teve um fim de semana complicado na etapa de Londrina da Stock Car. O piloto da Full Time sofreu com problemas de câmbio desde sexta-feira e não conseguiu largar na corrida 1. "Cinco minutos" antes da segunda prova no norte do Paraná, sua equipe ainda conseguiu remediar o 'defeito' do carro e Rubinho largou dos boxes. Após "mágica" corrida de recuperação, o vice-líder do campeonato ainda conseguiu terminar em oitavo. "“Foi um dia daqueles", resumiu.

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"O problema vinha desde sexta-feira e eu vinha relatando. No engate das marchas no geral. De vez em quando funcionava, de vez em quando não. Então a gente ficou aquém na performance devido a isso e aí todo o processo do domingo ficou estranho, porque não engatava a marcha e não sabíamos exatamente o que fazer. Mas a equipe ainda trabalhou muito bem e soube administrar", comentou Barrichello, com exclusividade ao Motorsport.com Brasil.

O piloto detalhou as dificuldades impostas pelo defeito: "Quando fui para a pista, falei ‘gente, está quebrado, não está funcionando'. Mas quando tirei o pé, engatou a segunda marcha, aí pensei ‘opa, pode ser que tirando o pé ela engate’. Então vi que o carro tava sem o Power Shift. Eu tinha que tirar o pé do acelerador, o que me faz perder um tempão, e aí mudava. Mas para trocar a marcha para baixo, não era só tirar o pé. Eu precisava apertar a embreagem e fazer punta-taco".

"Tinha que tocar no giro certo para a marcha entrar, então foi uma mágica dar tantas voltas desse jeito. Lógica que a estratégia favoreceu porque eu não precisava abastecer [em virtude de não ter disputado a corrida 1], mas fazer 13 pontos numa situação dessas foi muito legal. Eu poderia estar chutando tudo e falando de um fim de semana ruim, mas, numa situação dessa, manter a calma e fazer o que eu fiz nesse fim de semana me deixa muito orgulhoso", relatou Rubinho.

"Eu amo o que faço. E nessas horas faz diferença ter uma experiência a mais. Não adianta eu pegar no pescoço do mecânico, porque todos queriam o meu bem. Todos estavam trabalhando em prol disso".

O piloto de 47 anos (relembre os carros de sua carreira e veja destaques de sua trajetória na galeria especial no fim desta matéria) também disse que o desafio fez com que ele 'voltasse no tempo': "Ter que guiar apertando a embreagem me fez voltar para os meus tempos de Fórmula Ford, meus tempos de juventude. E isso me faz pensar que eu ainda estou jovem e apto para o meu trabalho".

Barrichello ainda 'comemorou' o resultado tendo em vista a briga pelo título: "Ficando sete pontos atrás do Daniel Serra, considerando tudo que aconteceu, e que eu nem sabia se eu ia correr – tive a sorte de entrar e correr -, eu estou super bem. A gente está competitivo".

"Agora é analisar qual foi realmente o meu problema de câmbio durante o fim de semana, porque isso afetou nossa classificação e meu domingo inteiro. Nos treinos livres, o defeito se apresentava, mas não era ‘preto ou branco’. Ele aparecia e sumia. Depois a gente foi ver que era um problema elétrico, mas é muito difícil você identificar e é preciso muita informação do conjunto inteiro para que você busque realmente o que é".

Diante de tantas adversidades, Rubinho fez questão de elogiar o trabalho da Full Time na quarta etapa da Stock Car: "Foi impressionante como a equipe conseguiu me colocar para largar e correr, porque o câmbio não estava funcionando até cinco minutos antes".

Relembre os carros utilizados por Rubinho em sua carreira e confira algumas curiosidades:

1993: Jordan, 18º no campeonato (2 pts). Barrichello esteve na F1 entre 1993 e 2011, com 326 participações e 322 largadas. É o recordista absoluto na história da categoria.
1994: Jordan, 6º no campeonato (19 pts). Com passagens por Jordan, Stewart, Ferrari, Honda, Brawn e Williams, Barrichello conquistou 11 vitórias na carreira - é o 27º na história, empatado com Felipe Massa e Jacques Villeneuve.
1995: Jordan, 11º no campeonato (11 pts).
1996: Jordan, 8º no campeonato (14 pts)
1997: Stewart, 13º no campeonato (6 pts)
1998: Stewart, 12º no campeonato (4 pts)
1999: Stewart, 7º no campeonato (21 pts)
2000: Ferrari, 4º no campeonato (62 pts). A primeira vitória na F1 veio na Alemanha, em 2000. Largando de 18º, Barrichello conseguiu a terceira maior recuperação da história da categoria, ficando atrás apenas de John Watson (22º - EUA, 1983) e Bill Vukovich (19º - Indy 500, 1954).
2001: Ferrari, 3º no campeonato (56 pts)
2002: Ferrari, vice-campeão (77 pts)
2003: Ferrari, 4º no campeonato (65 pts)
2004: Ferrari, vice-campeão (114 pts)
2005: Ferrari, 8º no campeonato (38 pts). O brasileiro foi 68 vezes ao pódio.
2006: Honda, 7º no campeonato (30 pts)
2007: Honda, 20º no campeonato (0 pts)
2008: Honda, 14º no campeonato (11 pts)
2009: Brawn, 3º no campeonato (77 pts). Foram 21 poles na F1.
A última vitória de Barrichello na F1 foi no GP da Itália de 2009.
Desde então, o Brasil não esteve mais no topo do pódio.
2010: Williams, 10º no campeonato (47 pts)
2011: Williams, 17º no campeonato (4 pts)
2012 (Indy): KV, 12º no campeonato (289 pts)
2013 (Stock Car): Full Time, 8º no campeonato (120 pts)
2014 (Stock Car): Full Time, campeão (234 pts)
2015 (Stock Car): Full Time, 4º no campeonato (188 pts)
2016 (Stock Car): Full Time, vice-campeão (295 pts)
2017 (Stock Car): Full Time, 5º no campeonato (251 pts)
2018 (Stock Car): Full Time, 4º no campeonato (242 pts)
2019 (Stock Car): Full Time, 2º no campeonato (118 pts)*
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