F1: Andretti quer dar chance “legítima” a pilotos dos EUA

Dirigente quer equipe na categoria para “pavimentar o caminho” de norte-americanos à F1. Colton Herta é seu favorito à jornada

Michael Andretti, Andretti Autosport

Michael Andretti tem pressionado o circo da Fórmula 1 para poder se juntar ao grid em 2024, estabelecendo a 11ª equipe da categoria, após não ter obtido êxito na aquisição da estrutura Sauber/Alfa Romeo no último ano.

Embora ainda precise ser aberto o processo na FIA para o ingresso de novas equipes na F1, Michael, filho do campeão mundial de 1978, Mario Andretti, esteve em Miami para tentar e ganhar apoio à sua candidatura, com reuniões com a FIA, categoria e outros chefes de equipe.

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Mas a reação dos times permaneceu morna por conta das preocupações de que uma 11ª equipe no grid faria com que o fundo de premiação fosse diluído em 11 partes e interrompendo a estabilidade atual, com 10 equipe repartindo o montante.

Chefe da Red Bull, Christian Horner disse sentir que um piloto norte-americano poderia ser mais efetivo no crescimento da F1 nos Estados Unidos do que uma equipe local, como seria a Andretti, que possui operações na Fórmula Indy, Indy Lights, Fórmula E, Extreme E e Supercars.

Andretti discordou de Horner, explicando que apenas sua nova equipe poderia oferecer uma oportunidade real para um norte-americano na Fórmula 1. “Queremos ser um time dos EUA que desenvolve pilotos dos EUA para o futuro. Ninguém está fazendo isso lá fora e é isso que queremos fazer. Não existe uma possibilidade legítima para um norte-americano entrar na F1. Simplesmente não há. Queremos pavimentar o caminho para a categoria”, declarou.

Colton Herta, Andretti Autosport Honda

Colton Herta, Andretti Autosport Honda

Photo by: IndyCar Series

Enquanto tentava a compra da Sauber no último ano, os planos de Andretti era colocar Colton Herta, seu piloto na Fórmula Indy, em um dos carros na F1. Herta chegou a fazer treinos em simulador em Hinwil e alinharia em alguns treinos livres 1 no final da última temporada assim que o acordo fosse assinado.

Andretti continua comprometido em colocar Herta em um de seus carros, dizendo que ele é o “exemplo perfeito” de norte-americano a estar na Fórmula 1. “Ele deveria estar na F1 agora! Ele tem talento, mas não tinha grana, então, voltou aos Estados Unidos”, disse o dirigente, em referência à curta jornada do piloto nas categorias de base na Europa.

“Eu quero fazer isso para que os garotos saiam do kart e tenha um caminho. Se forem bons o suficiente, eles vão chegar à F1 e vamos ter equipe para isso. Conosco, sabemos que eles terão uma legítima tentativa. Não haverá nenhum deles que, cheios de gás, não vai saber disso. Haverá uma chance legítima para eles”, finalizou Andretti.

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