Ferrari crê que fim do "modo festa" pode mexer com ordem do grid em Monza
Chefe da Red Bull, Christian Horner também acredita (e torce) que a proibição pode trazer mudanças
A partir do próximo GP, o da Itália, as equipes da Fórmula 1 estarão proibidas de usar diferentes modos de potência do motor ao longo do final de semana, colocando fim ao que ficou conhecido como "Modo Festa", nome usado pela Mercedes. E, para a Ferrari, que chega a primeira de suas duas corridas em casa, a proibição pode mexer com a ordem do grid.
Os pilotos não poderão mais explorar aquela potência extra nas voltas de classificação, especialmente no Q3, tendo que usar o mesmo modo de motor tanto na classificação quanto na corrida.
Enquanto alguns seguem céticos que a mudança poderá ter alguma diferença - e que poderá tornar a diferença entre as montadoras ainda maior nas corridas - a Ferrari não tem tanta certeza que o status quo será mantido.
Enquanto a equipe italiana se prepara para o final de semana difícil em Monza, devido à perda de potência do motor e velocidade de reta entre 2019 e 2020, o chefe da Ferrari, Mattia Binotto, não descarta uma ordem competitiva diferente neste fim de semana, que pode ajudar a Scuderia.
Perguntado pelo Motorsport.com sobre o que ele espera o GP da Itália, Binotto disse: "Será difícil também. É um circuito onde a performance do motor é importante, e, certamente, não estamos em nosso melhor".
"Haverá a nova diretiva técnica na classificação sobre o que chamamos de modo festa, então, eventualmente, isso pode afetar algumas equipes. Eu fico curioso para ver o quanto e quais equipes. Acho que isso pode ser interessante".
"É um circuito sensível à alta potência e eventualmente o balanço da competitividade no carro pode mudar. É importante começar em uma posição melhor no grid, porque, quando você está no meio do tráfego, é difícil fazer o carro funcionar".
"Então acho que em Monza será o momento que essa diretiva irá afetar mais".
O chefe da Red Bull, Christian Horner, também não acredita que a mudança não afetará as performances das equipes - com a rival Mercedes claramente tendo os melhores modos de classificação da temporada.
"Vai ter algum efeito. Mas se será na próxima semana ou nas demais, vamos esperar para ver. Isso tem que mexer em alguma coisa. E, com sorte, não tornará as coisas piores".
Esteban Ocon, piloto da Renault, que mira ser a segunda melhor fornecedora de motores, atrás da Mercedes, está otimista que a mudança não afetará sua equipe.
"Não podemos dizer exatamente quais mudanças trará até vermos de perto. Acho que em Monza teremos uma noção melhor".
"Não acho que seja algo ruim para nós. Acredito que temos um modo de corrida forte. Somos rápidos nas corridas, então estou ok com a nova regra".
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