F1: Em meio à agitação pela Red Bull-Ford, Andretti-GM enfrenta ceticismo
"Quantas pessoas realmente conhecem a Andretti? A Cadillac também é um grande nome, mas o é nos Estados Unidos"
Na última sexta-feira, a Red Bull confirmou que terá a Ford como parceira de motores a partir de 2026, marcando o retorno da gigante montadora dos Estados Unidos à Fórmula 1. Foi, também, uma 'jogada de mestre' da fabricante norte-americana frente às intenções da General Motors, sua 'compatriota' e principal concorrente, de entrar na categoria máxima do automobilismo junto à Andretti.
Enquanto o grupo de Michael Andretti está há um ano tentando viabilizar sua entrada na F1, tendo conseguido apoio da GM para fazê-lo através de uma parceria com a Cadillac, anunciada há um mês, a Ford surgiu como possível parceira da RBR no fim de 2022 e já está garantida na F1 2026.
Um 'troco' na GM e mais um motivo para Andretti ficar furioso com a F1, cujas atuais equipes não querem a entrada de um novo time para não ter que dividir ainda mais o dinheiro de premiações da categoria.
Andretti Cadillac
Photo by: Andretti Autosport
A resistência das escuderias, aliás, persiste mesmo com a aliança da Andretti com a GM, que Michael pensava ser o 'trunfo incontestável' para convencer toda a F1 de que o ingresso de seu time na categoria deve ser aprovado.
Entretanto, a opinião de Michael não é compartilhada por um ícone da F1: Juan Pablo Montoya, ex-piloto da categoria, falou sobre o assunto com o Motorsport.com de forma exclusiva e ponderou que a Cadillac não é muito conhecida fora dos Estados Unidos.
"O nome Andretti é muito grande nos Estados Unidos, mas, se você vai para a Europa, não sei... Quantas pessoas realmente conhecem a Andretti? A Cadillac também é um grande nome, mas o é nos Estados Unidos", afirmou.
"Na Holanda, por exemplo, não é, nem no Reino Unido, na França, na Espanha... Creio que a Chevrolet seja um nome mais importante, mas entendo usarem a Cadillac, que é a marca de veículos de luxo", disse Montoya, que correu por Williams (2001-2004) e McLaren (2005-2006) na F1.
Juan Pablo Montoya llega a la pista junto a su familia.
Photo by: Mark Sutton / Motorsport Images
"Adoraria vê-los no grid, mas não creio que vá dar certo. A não ser que possam comprar uma das atuais equipes. Porém, não acho que a ideia de ter uma equipe a mais terá sucesso. É uma pena, mas é difícil convencer todo mundo", explicou o colombiano.
"Se estão decididos a entrar na F1, poderia comprar 'alguém', como a Alpine. Tem que ser algo como fez a Audi (que está comprando a Sauber-Alfa Romeo). Se realmente querem entrar na F1, podem comprar 30 ou 40% da Alpine com a opção de, daqui a dois anos, comprar outros 40 ou 20%, para assumir o controle da equipe. Você teria a maioria [das ações] e faria o que quisesse. De outra forma, não vejo como dar certo. Todo mundo sabe como são as equipes e como é o jogo...", completou.
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