F1: Ferrari diz onde 'perdeu a guerra' em 2022 contra Red Bull
Equipe italiana acredita que os caminhos distintos de desenvolvimento das equipes foi o fator fundamental
A Ferrari iniciou a temporada 2022 da Fórmula 1 como a equipe a ser batida, com Charles Leclerc vencendo dois dos três primeiros GPs. Mas a situação mudou rapidamente, com a Red Bull virando o jogo e dominando para garantir os dois títulos com o RB18. E para a equipe italiana, o ponto de virada na guerra foi o desenvolvimento do carro, tendo uma tarefa mais difícil que a da rival.
Max Verstappen que garantiu o bicampeonato no GP do Japão, terminou o ano com o recorde de vitórias em uma mesma temporada, com 15. E refletindo sobre como a Red Bull conseguiu avançar tanto em um ano, Mattia Binotto acha que isso foi resultado das duas equipes tendo que focar em áreas completamente distintas na melhoria de seus carros.
E ele sugere que o ataque principal da Red Bull em reduzir o peso do carro, que começou o ano bem acima do mínimo, era uma tarefa mais fácil de ser cumprida do que a busca da Ferrari por ganhos aerodinâmicos.
"Acho que são alguns fatores", disse Binotto quando questionado pelo Motorsport.com. "Primeiro eu acho que, em termos de desenvolvimento, a Red Bull tinha uma rota clara: reduzir o peso do carro. Esse não foi o nosso caso".
"Eles sabiam [o que era necessário] para tirar a performance do carro. Para nós era mais complicado porque foi somente pelos desenvolvimentos aerodinâmicos e tentando melhorar o conceito do carro. Acho ainda que talvez não tenhamos desenvolvido o suficiente. Paramos muito cedo: não foi apenas uma escolha, mas também por questões financeiras. Mas há coisas que precisamos rever".
A Ferrari revelou recentemente o trabalho no carro de 2022 parou há muitas semanas porque haviam atingido o teto de gastos. Binotto falou ainda que é preciso esperar o sucesso (ou não) do carro de 2023 para saber se a Ferrari foi bem sucedida na divisão dos recursos entre este ano e o próximo.
Sergio Perez, Red Bull Racing RB18, Charles Leclerc, Ferrari F1-75
Photo by: Glenn Dunbar / Motorsport Images
"Se tivemos a decisão correta de parar tão cedo em termos de priorizar entre 2022 e 2023? Não sei. Acho que apenas 2023 nos dirá se foi a escolha correta ou não. Talvez mais do que isso, talvez poderíamos ter feito um desenvolvimento melhor do carro dentro do que fizemos. E isso é algo que precisamos revisar".
Enquanto a Ferrari ficou desapontada por não ter lutado mais contra a Red Bull, Binotto diz que tira encorajamento do fato de que a equipe seguiu lutando na frente até o fim.
"O importante para nós foi voltarmos a sermos competitivos. Esse era o objetivo. Para nós, lutar por uma boa posição na 22ª corrida é o melhor resultado, porque isso mostra que temos um carro forte. Tivemos altos e baixos, corridas que não foram boas o suficiente e vamos revisar isso. Mas acho que mais que dois vices, o mais importante é que chegamos ao fim lutando por boas posições".
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