F1: Ferrari está descontente com impacto "muito limitado" da punição da Red Bull
Mesmo assim, equipe diz aceitar decisão da FIA e pede que paddock supere rapidamente esse caso
A Ferrari diz não estar feliz com a punição dada pela FIA à Red Bull pela violação do teto orçamentário de 2021 da Fórmula 1, acreditando que seu impacto real à rival acaba sendo "muito limitado".
Na sexta-feira, a FIA revelou as minúcias do Acordo de Violação Aceita com a Red Bull sobre o excesso de gastos na temporada passada. Nele, a equipe austríaca terminou com uma multa de 7 milhões de dólares e uma redução em 10% dos testes aerodinâmicos pelos próximos 12 meses.
Christian Horner, chefe da Red Bull, chamou a penalização de "enorme" e "severa", afirmando que a violação ocorreu por fatores mitigantes. Já a Ferrari vinha pedindo uma sanção rígida para qualquer quebra do teto orçamentário, afirmando seu crucial manter a integridade do regulamento financeiro.
Falando à Sky Itália após o segundo treino livre no México, o diretor esportivo da Ferrari, Laurent Mekies, elogiou a FIA pela transparência na decisão, chamando de uma "conclusão muito clara". Mas ele notou que o impacto que o valor extra gasto pela Red Bull (1,8 milhão de libras) pode ter no desenvolvimento do carro.
"Falamos muito nas últimas semanas sobre o que uma equipe pode fazer com meio milhão, um milhão, dois ou três a mais. Dois milhões de euros é um valor significativo e diversas vezes demos nossa opinião sobre isso".
"Nós na Ferrari achamos que esse valor pode render alguns décimos [por volta] e é fácil entender que esses números podem ter um impacto real no resultado das corridas, e talvez até em um campeonato".
Max Verstappen, Red Bull Racing RB18, Charles Leclerc, Ferrari F1-75
Photo by: Red Bull Content Pool
Mekies explicou que a Ferrari não sente que a redução de testes aerodinâmicos possa compensar o possível ganho com o gasto extra. Ele também destacou que, com a falta de impacto no teto da Red Bull, a não-necessidade de gastar com testes extras permite que a equipe injete esse dinheiro em outras áreas.
"Sobre a penalização, não estamos felizes, por dois motivos importante. O primeiro é que não entendemos como que uma redução em 10% dos testes possa corresponder à mesma quantidade de tempo de volta que mencionamos mais cedo".
"Além disso, há mais um problema nisso. Como eles não tiveram nenhuma redução no teto orçamentário com essa penalização, o efeito básico é que isso permite que eles gastem o dinheiro em outras áreas. Eles têm total liberdade de usar um dinheiro que eles não vão gastar no túnel de vento ou no CFD com essa redução de 10%, seja reduzindo o peso do carro ou em outras coisas".
"Nossa preocupação é que a combinação desses dois fatores faz com que o efeito real da penalização seja muito limitado".
Mas Mekies sente que é importante para a F1 aceitar a decisão e seguir em frente sem arrastar mais a novela. Ele expressou sua esperança de que isso não tenha uma repetição no ano que vem, com resoluções mais rápidas.
"Não temos outra escolha a não ser seguir em frente, e eu acredito que seja importante para toda a F1 e os fãs que, em 2022, não tenhamos que esperar até outubro para vermos o resultado dos relatórios. Vamos apoiar a FIA no que for necessário para uma conclusão rápida".
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