Fórmula 1 GP do Catar

F1: FIA promete tomar medidas para evitar cenário de calor extremo enfrentado pelos pilotos no Catar

Diversos pilotos relataram ter passado mal durante e depois da prova em Losail neste domingo

Max Verstappen, Red Bull Racing RB19, Lewis Hamilton, Mercedes F1 W14, Oscar Piastri, McLaren MCL60, Fernando Alonso, Aston Martin AMR23, the rest of the field at the start

FIA se manifestou nesta segunda-feira prometendo que irá tomar medidas para garantir que não se repita a maneira como os pilotos chegaram ao limite físico durante o GP do Catar de Fórmula 1.

O calor excessivo e a umidade em Losail fizeram os pilotos enfrentarem um dos maiores desafios de suas carreiras. Alguns chegaram a descrevem a corrida de domingo como "inferno" e "tortura". Logan Sargeant abandonou a prova por conta de uma insolação, Esteban Ocon vomitou em seu capacete, Lance Stroll relatou que desmaiou algumas vezes e outros relataram dificuldades e foram levados ao centro médico.

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Lando Norris não se mostrou muito contente com o desenrolar do evento, deixando claro que na visão dele, não foi seguro: "Nunca é uma situação agradável para se estar, algumas pessoas acabaram no centro médico ou desmaiaram. Portanto, é algo muito perigoso de se acontecer."

"Mas não se pode simplesmente dizer que os pilotos precisam treinar mais ou fazer qualquer outra coisa. Estamos em um carro fechado que fica extremamente quente em uma corrida muito física e isso é frustrante."

"Acho que na TV, provavelmente, não parece muito físico, mas, claramente, quando você tem pessoas que acabam se retirando ou em um estado tão ruim, é demais, sabe, para as velocidades que estamos fazendo. É muito perigoso". 

Em resposta ao acontecimento, o órgão prometeu abrir uma investigação completa sobre as circunstâncias que envolveram o GP do Catar - e deixou claro que não se deve esperar que os pilotos compitam em tais condições.

Logan Sargeant, Williams Racing

Logan Sargeant, Williams Racing

Foto de: Williams F1

Em uma declaração emitida nesta segunda, a entidade esclareceu: "A FIA observa com preocupação que a temperatura e a umidade extremas durante o GP do Catar de Fórmula 1 da FIA de 2023 tiveram um impacto no bem-estar dos pilotos. Embora sejam atletas de elite, não se deve esperar que eles compitam em condições que possam colocar em risco sua saúde ou segurança."

"A operação segura dos carros é, em todos os momentos, responsabilidade dos competidores; no entanto, assim como em outras questões relacionadas à segurança, como a infraestrutura do circuito e os requisitos de segurança dos carros, a FIA tomará todas as medidas razoáveis para estabelecer e comunicar os parâmetros aceitáveis nos quais as competições são realizadas." 

Embora o retorno ao Catar no próximo ano seja no final de novembro, quando as condições são mais frias, a FIA disse que outras medidas precisam ser tomadas para entender melhor os fatores em jogo - para que possa emitir diretrizes no futuro. 

"A FIA iniciou uma análise da situação no Catar para fornecer recomendações para futuras situações de condições climáticas extremas", acrescentou. "Deve-se notar que, embora a edição do ano que vem do GP do Catar esteja programada para o final do ano, quando as temperaturas deverão ser mais baixas, a FIA prefere tomar medidas materiais agora para evitar a repetição desse cenário."

Oscar Piastri, McLaren, 2nd position, rests in Parc Ferme

Oscar Piastri, McLaren, 2ª posição, descansa no Parc Ferme

Foto de: Andy Hone / Motorsport Images

"Várias medidas serão discutidas na próxima reunião da comissão médica em Paris. As medidas podem incluir orientações para os competidores, pesquisas sobre modificações para um fluxo de ar mais eficiente no cockpit e recomendações de mudanças no calendário para alinhar com condições climáticas aceitáveis, entre outras." 

A FIA acrescentou que verificará se há alguma lição que possa ser aprendida com os ralis no deserto, onde lidar com o calor é comum, que possa ser aplicada à F1 e a outras categorias de monopostos. 

"Pesquisas de outras séries, como eventos de cross-country em climas extremos, serão examinadas para possíveis aplicações em eventos de circuito", disse. "O compromisso da FIA com uma cooperação mais estreita entre os departamentos técnico, de segurança e médico, sob a liderança do presidente da FIA, facilitará esse processo".

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