F1: Haas é condenada a indenizar patrocinadora de Mazepin

Tribunal decidiu que Haas violou obrigações contratuais com Uralkali, patrocinadora do ex-piloto Nikita Mazepin e de propriedade de seu pai

Mick Schumacher, Haas VF-22

O tribunal de apelações da Suíça decidiu que a Haas deve indenizar a Uralkali, sua antiga patrocinadora, por violar as obrigações contratuais. A equipe americana encerrou seu acordo com a empresa russa logo após a invasão à Ucrânia. De acordo com um comunicado da Haas, ela terá que pagar parte da indenização — ficando com o valor de patrocínio referente ao período anterior ao fim do contrato.

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O julgamento ocorreu na Suiça porque é onde está um dos escritórios da FIA. Os dois lados estavam em disputa desde março de 2022, poucos dias depois da Rússia invadir a Ucrânia. A Uralkali estava buscando um reembolso da taxa de US$ 13 milhões que já havia pago à Haas para cobrir a temporada de 2022. Com o fim do patrocínio, Nikita Mazepin, filho do dono da Uralkali, foi demitido da equipe.

Na época, a Uralkali alegou que estava agindo "para proteger seus interesses de acordo com os procedimentos legais aplicáveis e se reserva o direito de iniciar um processo judicial, reivindicar danos e buscar o reembolso das quantias significativas que a Uralkali havia pago pela temporada de Fórmula 1 de 2022".

A empresa disse que forneceu "a maior parte do financiamento de patrocínio para a temporada de 2022" para a Haas e sentiu que "dado que a equipe rescindiu o contrato de patrocínio antes da primeira corrida da temporada de 2022, a Haas, portanto, não cumpriu suas obrigações com a Uralkali para a temporada deste ano".

A Haas então rejeitou totalmente as alegações da Uralkali e a questão foi para o tribunal, com ambos os lados agora reivindicando vitória.

Na quinta-feira, a Uralkali afirmou em um comunicado: "O tribunal concluiu que a Haas violou o contrato e obrigou a equipe a pagar uma indenização à Uralkali" e disse: "O tribunal também rejeitou todas as reconvenções da equipe em relação à empresa".

Nikita Mazepin, Haas F1 Team

Nikita Mazepin, equipe de F1 da Haas

Foto de: Carl Bingham / Motorsport Images

Porém, neste domingo, a Haas divulgou um comunicado dizendo que "o painel de arbitragem decidiu que a Haas tinha 'justa causa' para rescindir seu contrato de patrocínio com a Uralkali e negou as reivindicações da Uralkali por quebra de contrato".

O comunicado acrescentou: "A Haas rescindiu seu contrato com a Uralkali em 4 de março de 2022, logo após as forças militares russas invadirem a Ucrânia."

O painel de arbitragem decidiu que, à luz de todos os fatos relacionados ao relacionamento das partes, incluindo a associação da Uralkali com a Rússia, não se poderia esperar que a Haas continuasse o Contrato de Patrocínio sob tais circunstâncias e concluiu que "o Tribunal Arbitral considera que a Haas teve uma justa causa para rescindir o Contrato de Patrocínio".

"O painel enfatizou que várias outras organizações esportivas romperam seus laços com empresas russas imediatamente após a invasão da Ucrânia e, portanto, havia um risco de que a Haas pudesse ser a última equipe esportiva não russa a continuar com um patrocinador russo."

"Dessa forma, o painel decidiu que o patrocínio foi efetivamente encerrado na data da notificação de rescisão da Haas e ordenou que a Haas retivesse a parte da taxa de patrocínio referente ao período anterior à rescisão e reembolsasse qualquer saldo à Uralkali."

A decisão - baseada no comunicado da Haas - significa que ela pode manter a parte da taxa de patrocínio que cobria o período até 4 de março de 2022, reembolsar o saldo do total de US$ 13 milhões e não ter que pagar indenização à Uralkali.

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