F1: Honda relata desafios de fazer motor de RBR e STR ao mesmo tempo
Diretor técnico da montadora japonesa explica o meticuloso processo para equipar duas equipes simultaneamente
Fabricante dos motores da Red Bull e da AlphaTauri (antiga Toro Rosso) na Fórmula 1, a Honda teve preocupações quanto ao desafio de fornecer unidades de potência para duas equipes ao mesmo tempo.
Os temores da montadora japonesa se deveram ao fato de que a Red Bull optou por ter os motores da Honda em 2019. A decisão se deu após a fabricante ter sido ‘aprovada’ pelo time austríaco em 2018, quando a Honda equipou apenas a equipe júnior Toro Rosso.
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Na passagem anterior da montadora pela categoria máxima do automobilismo, os japoneses haviam fornecido motores para duas equipes pela última vez na longínqua temporada de 2008, quando, além da própria Honda de fábrica, a Super Aguri foi uma ‘cliente’.
Ainda que a fabricante tenha apresentado uma unidade de potência com rendimento e confiabilidade satisfatórias em 2019, o diretor técnico da montadora na F1, Toyoharu Tanabe, quer aperfeiçoar ainda mais o motor japonês para o campeonato do ano que vem.
Ao Motorsport.com, o dirigente falou sobre a experiência de fornecer unidades motrizes para duas equipes em 2019 e projetou o trabalho para os próximos anos. "Foi um desafio, é claro", admitiu Tanabe. "Com mais equipes, são mais motores”.
“Mas tudo correu bem para as equipes. De todo modo, perguntei aos engenheiros e mecânicos: 'O que podemos fazer para o próximo ano?’”, revelou o diretor, que pôde comemorar em 2019 a primeira vitória da Honda na F1 desde 2006. Relembre como era o mundo naquela época:
“Pedi: ‘Por favor, revise o que fizemos este ano. Qual foi a preocupação e o que foi um problema, em termos de gerenciamento na pista?'. Então podemos fazer uma lista, discuti-la internamente e bolar alguma ideia para o próximo ano".
Apesar do desafio de fornecer motor para mais uma equipe de F1, há o benefício de ter mais tempo de atividades na pista para coletar informações valiosas e experimentar atualizações nas unidades de potência.
Em 2019, a Honda completou 60.466 km de pista durante todos os finais de semana de atividades. Já nas quatro temporadas, bem menos: 29.483 km, 24.093 km, 26.993 km e 20.035 km, respectivamente.
Tanabe, porém, ponderou que o tempo em si não é o único fator: "Há diferenças entre as duas equipes. Aprendemos com as duas. Quanto mais informações tiverem para nos ajudar a melhorar nosso desempenho, melhor”.
"Apoiamos as duas equipes igualmente – em termos de especificação do motor, número de engenheiros e mecânicos, escala, tudo igual. Vamos manter o mesmo estilo, para o próximo ano e sempre”, completou.
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