F1: Para Mercedes, temporada 2022 ainda é menos dolorosa que perda do título de 2021 em Abu Dhabi
Segundo Wolff, a diferença é que, em 2022, a Mercedes tinha consciência do erro cometido com o carro
A Mercedes completa seu primeiro ano desde 2013 sem conquistar um título na Fórmula 1. E para Toto Wolff, a campanha desapontadora deste ano ainda é menos dolorosa de se aguentar em comparação ao que foi o GP de Abu Dhabi do ano passado, quando Lewis Hamilton perdeu o título para Max Verstappen na última volta.
Além dos resultados bem abaixo das expectativas, a Mercedes teve grandes dores de cabeça no ano com o problemático W13. Mas Wolff defende que, mesmo assim, esta foi uma experiência mais fácil de se viver do que a polêmica final do ano passado.
Questionado pelo Motorsport.com sobre qual das temporadas foi mais dolorosa, disse: "O ano passado, sem dúvidas, porque no ano passado éramos fortes. E como terminou, em alguns segundos, sabemos que foi essa".
"Ali estava fora de nosso controle. Acho que foi a primeira vez que perdi o controle desde que era um adolescente. E, no meu senso de justiça, aquilo foi totalmente contra meus valores".
Wolff diz que é mais fácil aceitar esse ano porque a falta de performance é algo de responsabilidade da equipe.
"Este ano não teve um pico, em termos de emoção, porque sabíamos desde o começo que o carro não era bom o suficiente. Entendemos isso devagar, mas corretamente. Tiramos as camadas da cebola e, quando achávamos que havíamos resolvido o problema, apareciam as próximas".
"Aí começamos a ter correlação onde esse carro, que não é bom, conseguia entregar performance. E tentamos concentrar nessas pistas, sabendo que as mais difíceis, como Abu Dhabi, seriam controle de danos".
"Então foi isso. No ano passado, Abu Dhabi não estava em nosso controle. Aqui sabemos onde erramos. Estamos conscientes de que os outros foram melhores. E isso é meritocracia".
Toto Wolff, Team Principal and CEO, Mercedes AMG, attends the Press Conference
Photo by: Gareth Harford / Motorsport Images
O ano problemático da Mercedes fez também com que Hamilton quebrasse uma escrita, terminando o primeiro campeonato sem vencer uma corrida desde sua estreia na F1, em 2007. Mesmo com isso, e terminando atrás de George Russell no Mundial, Wolff acredita que os maiores feitos do heptacampeão vieram fora da pista.
"Acho que ele foi muito, muito bem este ano. Você espera que um campeão mundial, que tive um título tirado de si, que voltasse tentando quebrar tudo e todos. Mas não demos um carro bom o suficiente para isso. Ele nos manteve em alta em vários momentos com sua energia, nas reuniões e mesmo nos dias difíceis para ele".
"O recorde de vitórias, não acho que vale muito, é mais sobre montar a fundação da próxima temporada. A parceria com George é boa e eles desenvolveram o carro. Conhecendo Hamilton há dez anos no pessoal e no humano, ele é excepcional. Melhor que todas as performances no carro. Para mim, sua atitude e mentalidade foram incríveis".
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