Fórmula 1 GP da Itália

F1: Penalidade de Magnussen foi muito dura? Entenda

Piloto da Haas é o primeiro a ser banido em 12 anos

Kevin Magnussen, Haas F1 Team

Kevin Magnussen não poderá correr em Baku após ser punido durante o GP da Itália e extrapolar o limite imposto pela FIA, Federação Internacional de Automobilismo, para a Fórmula 1. Na etapa, o piloto teve um encontro com Pierre Gasly e pagou punição de 10 segundos, porém, o próprio francês questionou a decisão da direção de prova e disse que era 'exagero' banir o dinamarquês da próxima corrida.

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A batida aconteceu enquanto Magnussen tentava ultrapassar Gasly na chicane. O piloto da Haas travou o carro e acabou fazendo contato roda a roda com o carro da Alpine, o francês, para evitar uma briga maior, abriu espaço e deixou o dinamarquês ficar com a 14ª posição.

Por conta desse contato, Magnussen recebeu 10 segundos como penalidade. Porém, o momento crítico foi a adição de dois pontos em sua superlicença, alcançando os 12 possíveis previstos pela FIA e o banindo da próxima corrida.

A regra dos 12 pontos na superlicença que causam o banimento tem suas fraquezas, mas é uma boa maneira de lidar com pilotos que não guiam de maneira segura. Os pontos são somados geralmente por confrontos e infrações repetidas - raramente por contravenções.

De qualquer maneira, as regras se aplicam dependendo dos comissários que estão presentes nas etapas e isso é o que pode ser considerado como uma inconsistência. Os precedentes do piloto são, normalmente, usados, mas equiparar o incidente de Magnussen a outros exemplos sugerem que é uma comparação pequena.

Kevin Magnussen, Haas VF-24, in the gravel

Kevin Magnussen, Haas VF-24, in the gravel

Photo by: Zak Mauger / Motorsport Images

Em comparação, Nico Hulkernberg recebeu a mesma punição - 10 segundos e dois pontos na superlicença - após o deslize com Yuki Tsunoda na Curva 1, no início da corrida. Magnussen recebeu outros dois pontos por tirar Logan Sargeant em Miami.

Esses são incidentes que violam os critérios da FIA de ultrapassagem, que preveem que o carro "deve ser pilotado de maneira segura e controlada durante a manobra".

No caso de Magnussen e Gasly, o dinamarquês ficou travado com o piloto francês, o que atenderia o ponto. Porém, mesmo sem isso, ainda havia espaço o suficiente por dentro, que ele tinha a liderança, por estar na zona de frenagem.

Ao receber a punição após a etapa, Kevin disse que ficou 'surpreso' e que "não entedia" a decisão, visto que Hulkenberg também foi empurrado por Daniel Ricciardo para fora da pista na entrada da Ascari.

"Eu não entendo. Eu e o Gasly batalhamos muito para entrar na Curva 4. Antes, nós tivemos um pequeno contato, nós dois perdemos aquela curva, voltamos ao traçado sem nenhum dano nos carros ou consequência e eu ganhei uma penalidade de 10 segundos".

"Mas na volta 1, Ricciardo empurrou Nico para a grama a 300 km/h, destruiu completamente a corrida de Nico, deixando consequências enormes no carro de Nico, e ele ganhou apenas cinco segundos. Cadê a lógica? Eu não entendo".

Pierre Gasly, Alpine A524, Kevin Magnussen, Haas VF-24

Pierre Gasly, Alpine A524, Kevin Magnussen, Haas VF-24

Photo by: Sam Bagnall / Motorsport Images

Não há nenhum registro de um piloto ter atingido os 12 pontos e não receber um banimento - e isso não deve existir para manter a consistência da regra. Todos os pilotos devem correr os mesmos riscos de serem punidos, sem a chance de evitarem ou ignorarem a sanção.

Entretanto, um pequeno incidente como este é surpreendente que tenha causado o banimento de Magnussen da etapa de Baku, isso porque o toque pode ser considerado como 'parte' da disputa por posições. Mas, os comissários tendem a não olhar para os resultados na hora de aplicarem as punições.

Se o contato tivesse acontecido em um ângulo levemente diferente, o resultado poderia ter sido mais claro. Desta maneira, a pergunta não é: "o piloto criou um enorme desvio?" e sim "o piloto perdeu o controle do carro e fez o contato?".

Este é o ponto crucial da questão. Há muitos argumentos que podem tender a pesar para Magnussen ou Gasly, isso porque ambos poderiam tomar decisões diferentes no momento. Em qualquer outro momento, o incidente poderia ser considerado 'normal' e é isso que 'assombra' Kevin.

Magnussen deve retornar à disputa em Singapura e terá sua superlicença zerada.

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