F1: Russell terá que usar sapatilha menor para caber na Mercedes de Hamilton
Em um esporte onde os detalhes importam, uma diferença de 11 centímetros entre os britânicos é algo considerável
A partir de amanhã (04), George Russell iniciará seu primeiro final de semana correndo pela Mercedes na Fórmula 1, enquanto substitui Lewis Hamilton, que está com Covid, no GP de Sakhir, disputado no anel externo do circuito do Bahrein. E além de ter que se adaptar a um carro novo, o britânico terá outro desafio pela frente: caber em um carro feito para um piloto menor que ele.
Russell passou pelo ajuste de banco na quarta-feira a noite com o Mercedes W11, mas ele logo descobriu que o espaço que ele teria disponível era bem menor do que está acostumado na Williams. Enquanto Hamilton mede 1,74m, seu substituto tem 1,85m, tornando um pouco complicado para ele caber no cockpit.
Para ajudar, Russell revelou na coletiva de imprensa desta quinta que terá que usar sapatilhas com um tamanho menor que o seu usual para caber no carro. Normalmente, ele usa tamanho 43, mas terá que apostar no 42, enquanto Hamilton usa 41.
"É definitivamente apertado. Meus pés, de tamanho 43, sofreram um pouco, então terei que usar uma sapatilha mais apertada que o ideal. Então será um pouco desconfortável. Mas tenho certeza que consigo segurar a dor por isso".
Russell revelou que Pete Bonnington, seu engenheiro para o fim de semana, brincou que eles teriam que fazer modificações ao seu corpo para caber no carro.
"Eu falei com Bono e ele me disse: 'Certamente podemos fazer algumas modificações no seu corpo!'. Eu ri, sem saber do que ele estava falando, mas tá tudo bem".
A oportunidade de Russell com a Mercedes vem quatro anos após assinar com a Academia da montadora, sendo o primeiro a ter uma participação na equipe. Isso também vem pouco após o britânico passar por um período de incerteza sobre sua vaga na Williams em 2021.
Mas Russell descartou que essa oportunidade seria um "conto de fadas", sendo apenas mais uma surpresa em meio a um dramático 2020.
"Não é como eu via acontecer minha primeira oportunidade com a Mercedes. Obviamente, circunstâncias especiais. Esse ano tem sido insano em todas as instâncias, não somente para mim. Há problemas muito grandes no mundo".
"Mas, em uma perspectiva pessoal, minha carreira tem sido alto, baixo, para a esquerda, direita, de volta ao centro, é apenas mais uma surpresa na história. Parece meio surreal e tenho certeza que, no futuro, olharei de volta para 2020 e classificarei como um ano inacreditável".
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