O vice-campeão mundial de Fórmula 1 de 1999, Eddie Irvine, disse recentemente durante um festival na Itália, que Charles Leclerc é um piloto “muito melhor” do que Max Verstappen. Para o ex-piloto de Jordan, Ferrari e Jaguar, a vantagem do monegasco é que ele não comete erros.
Irvine, que foi companheiro de Michel Schumacher entre 1996 e 1999, destacou que apesar da experiência, Verstappen ainda comete erros, enquanto Leclerc é capaz de usar a inteligência e a frieza para atingir seus objetivos.
"Não há o que discutir, Leclerc é muito melhor”, afirmou Irvine, de acordo com publicação do jornal espanhol AS. "Ele alcançou quatro poles neste ano e nem sequer tem o melhor carro da F1. Enquanto isso, Verstappen continua cometendo muitos erros estúpidos, apesar de já ter alguns anos de experiência na categoria".
“Charles parece ser muito focado e não comete erros. O que ele fez contra Lewis Hamilton em Monza foi uma loucura. Ele é muito inteligente e muito bom. Na minha opinião, é muito melhor que Verstappen", encerrou o norte-irlandês.
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Leclerc tem carreira meteórica
O monegasco, como a maioria dos pilotos, começou a carreira pilotando no kart. Depois, o jovem passou por Fórmula Renault, F3, GP3 e F2, sempre terminando as temporadas entre os quatro melhores. Veja imagens da carreira do prodígio da Ferrari:
Leclerc foi campeão no Mundial CIK-FIA KF3 em 2011, divisão júnior da categoria. Mais tarde, ele foi vice-campeão no CIK-FIA World KZ, perdendo o título para ninguém menos que Max Verstappen.
Jules Bianchi e Charles Leclerc eram amigos desde a infância. O monegasco viu o amigo sofrer um acidente no GP do Japão de 2014 que resultou na morte do francês. Um duro golpe para o jovem piloto.
Naquela temporada o monegasco disputou a 2.0 Alpes, onde foi vice campeão, e ainda fez algumas provas na Eurocup 2.0. Correu pela Fortec em ambas.
Charles Leclerc foi quarto colocado no campeonado e vice-campeão na importante corrida realizada anualmente na Ásia. Neste ano ele pilotou pela Van Amersfoort.
Leclerc foi o melhor entre os pilotos que ficaram atrás das 'gigantes da base', Prema e Carlin. O campeonato foi vencido por Felix Rosenqvist e Antonio Giovinazzi foi o vice.
O monegasco disputou seu primeiro campeonato por uma das equipes dominantes das categorias inferiores, faturando o título depois de bater o rival Alexander Albon no campeonato.
Pilotando pela Prema, já de olho na F1, Leclerc venceu o campeonato da F2 com sete vitórias e oito poles em 22 corridas. Naquele ano, Leclerc sofreu outro duro golpe da vida, a perda do pai, que faleceu pouco antes da conquista do título.
Ao fim da temporada, Leclerc foi procurado pela Sauber, que já estava sob influência da Ferrari/ Alfa Romeo, que apoiavam a carreira do piloto.
Leclerc sofreu para se encontrar logo no início da temporada de estreia na F1, mas no GP de Baku, no Azerbaijão, o piloto se encontrou e alcançou um sexto lugar, dando início a uma temporada de destaque.
Depois de pontuar dez vezes no ano, Leclerc terminou o ano com 39 pontos, contra 9 de Marcus Ericsson, o que lhe garantiu uma oferta para dar um salto na carreira ao assinar com a Ferrari.
Logo em sua segunda corrida pela equipe italiana, o jovem Leclerc mostrou a que veio, conquistando a pole e liderando boa parte da corrida. Nas últimas voltas, uma falha no motor da Ferrari fez o monegasco cair para a terceira posição, seu primeiro pódio.
Leclerc dominou o companheiro, Sebastian Vettel, e os demais rivais para faturar a primeira vitória de sua carreira. No entanto, o acidente fatal de Anthoine Hubert na F2 no dia anteior à corrida, acabou trazendo um clima pesado ao fim de semana.
Leclerc, que era próximo de Hubert, dedicou a vitória ao amigo.
Em Monza, Leclerc conquistou o maior feito de sua carreira até aqui. Fez a pole, segurou os ataques do pentacampeão Lewis Hamilton ao longo da corrida e venceu em frente a legião de fãs da Ferrari.
A vitória na Itália, casa da Ferrari, elevou Leclerc ao patamar de ídolo para os fãs da marca e entusiastas da Fórmula 1.
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