Sexta colocação é pior resultado para Ferrari em 40 anos
Escuderia de Maranello não experimentava o amargo sabor de ficar fora do top-5 de construtores desde 1980
A temporada de 2020 da Fórmula 1 não foi das melhores para a Ferrari, que encerrou o campeonato de construtores com 131 pontos em 17 corridas, ficando na sexta posição, algo que não se vê em 40 anos, desde a décima posição na temporada de 1980.
Naquele ano, a escuderia de Maranello contava com uma forte dupla de pilotos, formada por Jody Scheckter e Gilles Villeneuve, mas o fraco desempenho do 312T5 rendeu à equipe resultados inexpressivos e suas melhores colocações em 14 etapas foram três quintos lugares, nos GPs do Oeste dos Estados Unidos, Mônaco e Canadá.
Acostumada a múltiplas conquistas de pilotos e construtores, a Ferrari somou apenas oito pontos em 1980 e terminou o campeonato de construtores atrás de times como a Skol Fittipaldi (Copersucar), que já ensaiava sua retirada da Fórmula 1, sacramentada em 1982.
Antes do pífio décimo lugar de 1980, a Ferrari já havia experimentado a sensação de terminar o campeonato de construtores fora do top-5, quando foi sexta colocada nas temporadas de 1962, 1969 e 1973.
Em 2020, vinda do vice-campeonato de 2019, atrás apenas da imbatível Mercedes de Lewis Hamilton e Valtteri Bottas, a Ferrari colocou seus pilotos no pódio em apenas três oportunidades, com Charles Leclerc em segundo no GP da Áustria, terceiro na Grã-Bretanha e com Sebastian Vettel em terceiro no GP da Turquia e voltou a sentir o amargo gosto de ficar fora das cinco primeiras posições.
Mas a situação vivida em 2020 pela Ferrari já era esperada, como contou Laurent Mekies, diretor-esportivo da equipe e substituto de Mattia Binotto em Abu Dhabi, em uma coletiva de imprensa.
“Em Barcelona, percebemos rapidamente que tínhamos sérias preocupações sobre alguns aspectos do desempenho do carro. Sabíamos que ia ser muito difícil. Não sabíamos, ainda naquela época, quanto tempo demoraria para entendermos isso totalmente e menos ainda para consertar”, disse.
Mekies disse também que o fraco desempenho da Ferrari também pode ter sido influenciado pelos meses de paralização provocados pela pandemia do novo Coronavírus.
"Fomos para aquela situação maluca que todos nós enfrentamos com a Covid de não podermos mexer ou guiar o carro por alguns meses. Portanto, acho que havia indícios de que a temporada seria extremamente difícil, como acabou sendo”, concluiu.
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