Wolff 'esnoba' Andretti ao elogiar entrada da Audi na F1; entenda
"Com 10 times, esperamos aumentar o valor, o que certamente não se faz simplesmente agregando uma nova escuderia que não poderá contribuir com isso", disse
Chefe de equipe da Mercedes na Fórmula 1, Toto Wolff disse que aprovaria uma expansão para 11 times na categoria caso a Audi entrasse no esporte, argumentando que a marca traria valorização às rivais -- ao mesmo tempo, o dirigente austríaco voltou a 'esnobar' uma possível entrada da Andretti.
O grupo de Michael Andretti tem tentado um ingresso na F1 há algum tempo, tendo fracassado na tentativa de comprar a Sauber, mas enfrenta resistência de equipes que já estão no grid, como a própria Mercedes.
As escuderias estão preocupados com a distribuição do dinheiro de premiação da categoria em caso de entrada de um novo time. Além disso, há um questionamento com relação à taxa de ingresso na F1: os 200 milhões de dólares estariam defasados, uma vez que o preço foi definido há muito tempo.
De todo modo, com relação à Audi, a visão de Wolff é outra. Segundo o chefe da Mercedes, o tamanho e inserção de mercado das montadoras alemãs fazem com que elas sejam mais adequadas à F1, ainda que a Andretti tenha entradas na IndyCar, na Fórmula E, na Extreme E e nos V8 Supercars.
Michael Andretti, Chief Executive Officer & Chairman Andretti Autosport
Photo by: Andreas Beil
"Acho que, quem quer que entre na F1, tem que mostrar quão 'criativo' poderá ser para o negócio. Andretti é um grande nome e acho que fizeram coisas excepcionais nos EUA, mas isso é esporte e negócios, então temos de entender o que pode ser agregado ao esporte", ponderou Wolff.
"Se uma montadora ou uma multinacional entram na F1 podendo demonstrar que vão gastar Xs milhões de dólares para ativação e marketing em vários mercados, significa obviamente uma proposta de valor totalmente diferente para todas as outras equipes", explicou o austríaco.
Para Wolff, a F1 deve continuar incrementando seu valor nos próximos anos e qualquer nova equipe deve contribuir para tal processo: "Com 10 times, esperamos aumentar o valor, o que certamente não se faz simplesmente agregando uma nova escuderia que não poderá contribuir com isso."
Além da Audi, outra montadora do Grupo Volkswagen, a Porsche, deve ingressar na F1 em 2026, provavelmente através do fornecimento de unidades de potência para a Red Bull, na esteira do novo regulamento de motores da categoria.
Entrementes, a Honda, atual 'fornecedora' da RBR, também considera estar na F1 em 2026, quando a categoria terá combustíveis mais sustentáveis e um sistema híbrido mais simplificado nas unidades de potência.
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