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Wolff explica acordo de apenas um ano com Hamilton e descarta rumores de cláusula de veto

O chefe da Mercedes disse que quer iniciar a negociação do contrato de 2022 durante o meio do ano

Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1, with Toto Wolff, Executive Director (Business), Mercedes AMG

A Mercedes colocou um fim a semanas de especulações nesta segunda (08) ao anunciar a permanência de Lewis Hamilton com a equipe na Fórmula 1. E Toto Wolff explicou que a decisão de assinar por apenas um ano com o heptacampeão foi resultado do momento, que a possibilidade de um contrato de múltiplos anos demandaria um tempo que ambos os lados não tinham.

O contrato de apenas um ano causou surpresas, aumentando ainda mais as especulações de que 2021 possa ser seu último ano na F1.

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Falando com a imprensa na segunda, Wolff explicou o que há por trás da duração do contrato, e deixou claro que havia um desejo de ambas as partes em adiar novas discussões sobre a manutenção da parceria para 2022 e além.

Wolff disse que o fato de ambos terem sido infectados pela Covid-19 atrasou as negociações e forçaram a uma mudança de planos.

"Chegamos juntos ao acordo de um ano", disse. "Em primeiro lugar, teremos uma mudança substancial de regulamento em 2022. Queremos ver também como fica a situação mundial, e a empresa. Além disso, é porque demoramos demais".

"Queríamos discutir o contrato no final da temporada, entre as provas do Bahrein, mas aí, obviamente, Lewis não estava bem. No final, iniciamos a negociação antes do Natal. E era importante resolver tudo o mais rápido possível. Por isso, pensamos em adiar a discussão sobre 2022 e além para mais tarde neste ano".

Wolff disse que as incertezas sobre o impacto da Covid-19 na F1, e especialmente em relação aos orçamentos das equipes, tornou difícil fazer certos compromissos agora sobre um contrato de longa duração.

Por isso que as discussões sobre o contrato de 2022 devem ficar mais claras a partir do meio do ano, dando tempo para uma discussão mais próxima do ideal.

"Há incertezas no mundo que afetam o modo como o esporte opera, que influenciam nossa renda, direitos de TV e receita de patrocinadores. A Daimler e a Mercedes estão se adequando para a eletrificação e isso significa mais investimentos. Então estamos vivendo uma realidade financeira que é muito diferente da que tínhamos há alguns anos".

"Mas, tendo dito isso, estamos alinhados. Lewis, eu e o grupo Mercedes sobre a situação. Não existem discrepâncias de opinião. Só sentimos que poderíamos resolver apenas 2021 e depois encontraremos algum tempo para discutir o futuro. Mais cedo do que foi agora".

"E isso não vale especificamente para 2022, mas além também. E isso não é algo que queríamos resolver via videoconferência entre o Natal e o fim de janeiro".

Wolff também descartou qualquer rumor de que Hamilton estava exigindo um veto em seu contrato para evitar uma parceria com pilotos como Max Verstappen. Ele também disse que os rumores de que ele havia pedido uma participação nos lucros e isso havia causado um impasse são mentira.

"Sobre as cláusulas que circularam na imprensa, não sei de onde vieram, porque não são verdade. Eu li sobre isso, achei interessante, mas não tivemos nenhum segundo de discussão sobre uma cláusula envolvendo algum piloto específico. Ele nunca pediu isso em oito anos. É uma decisão que cabe à equipe".

"E a outra, sobre participação nos lucros. Isso veio do nada. Esse rumor nem tinha uma base. Nunca fez parte das discussões".

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