Análise

Por que Wehrlein está florescendo na temporada da Fórmula E

Após começo ruim na categoria de monopostos elétricos, alemão vem recuperando boa forma no campeonato com a equipe Mahindra

Pascal Wehrlein, Mahindra Racing at the autograph session

Ex-piloto de Manor e Sauber na Fórmula 1, o alemão Pascal Werhlein agora se dedica à Fórmula E. O piloto corre pela Mahindra na atual temporada e já tem um segundo lugar em quatro corridas, sem contar a emocionante chegada no ePrix do México, em que ficou sem energia na reta final e acabou ultrapassado pelo brasileiro Lucas Di Grassi.

Em 2018, Wehrlein deixou a Mercedes, sua patrocinadora de longa data, para ter mais autonomia sobre seu futuro. A decisão foi tomada depois que o alemão ficou de fora da F1, após correr pela Sauber na temporada 2017. A Mercedes não conseguiu uma nova casa para ele na categoria, apesar da influência da equipe em escuderias menores.

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Com a concorrência de Esteban Ocon para uma vaga na F1, a mudança de curto prazo de Wehrlein para o DTM em 2018 começava a parecer cada vez mais um beco sem saída, uma vez que o piloto francês vinha sendo favorecido pela Mercedes.

Wehrlein, então, saiu da parceria com a construtora alemã e assinou com a Mahindra para disputar a F-E. Ele explicou: "Realmente gosto de estar no controle do meu futuro. Tomei essa decisão no meio do ano passado. Até agora tem sido a decisão certa, e eu não poderia estar mais feliz com isso".

Na conferência de imprensa antes do ePrix de Hong Kong, Wehrlein estava brincando com o companheiro de equipe Jerome d'Ambrosio. Para o alemão, suas personalidades são importantes para a forma atual da Mahindra. A atmosfera na equipe é claramente mais relaxada do que a pressão da F1 ou as exigências de um fabricante no DTM.

Pascal Wehrlein, Mahindra Racing, Jérôme d'Ambrosio, Mahindra Racing

Pascal Wehrlein, Mahindra Racing, Jérôme d'Ambrosio, Mahindra Racing

Photo by: Sam Bloxham / LAT Images

O início de Wehrlein na Formula E esteve longe do ideal. Sua recente forma, porém, vem tornando mais fácil esquecer que ele teve de perder a abertura na Arábia Saudita devido ao final de seu contrato com a Mercedes. E sua primeira corrida durou apenas uma volta, já que um incidente na curva 1 em Marrakesh forçou sua retirada da prova vencida por d'Ambrosio.

No entanto, Wehrlein provou suas credenciais ao lutar pela vitória em Santiago, quando ficou em segundo. No México, outra boa performance, embora o final tenha sido desanimador: ele ficou a poucos metros da vitória, mas ficou sem energia na reta final e perdeu para Di Grassi.

Na temporada 2018 de DTM, Wehrlein não figurou na luta pelo título e se relegou a um colaborador da campanha do título de Gary Paffett, seu companheiro de Mercedes. Tendo isso em vista, a fase na Fórmula E vem sendo positiva.

Wehrlein, porém, ainda está em adaptação à nova realidade: "Nos últimos três anos, eu estava em uma situação completamente diferente. Não estive em equipes que me davam a condição de vencer corridas e ser competitivo. Eu ainda tinha corridas muito fortes, marcando pontos em com Manor e Sauber, em que eu era o único piloto a pontuar".

"Foi uma boa experiência, mas é sempre muito melhor quando se está lutando por resultados fortes de imediato. Além disso, estou muito feliz com a minha equipe. Estamos trabalhando juntos muito bem, parece uma família”, disse Wehrlein. O alemão, que também é piloto de desenvolvimento da Ferrari, pela qual trabalha especialmente no simulador, acrescentou: "Tudo junto está fazendo a minha vida muito legal no momento".

Pascal Wehrlein, Mahindra Racing, M5 Electro

Pascal Wehrlein, Mahindra Racing, M5 Electro

Photo by: Alastair Staley / LAT Images

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