MotoGP: Márquez admite que primeira fila não seria possível sem 'ajuda externa'
Vácuo dado por Pecco Bagnaia ajudou o hexacampeão a conseguir o segundo lugar na classificação deste sábado
O hexacampeão mundial de MotoGP, Marc Márquez, perdeu a pole em Phillip Island no sábado para Jorge Martin, da Pramac, por apenas 0,013 segundos.
Márquez utilizou o vácuo de Pecco Bagnaia na sua última corrida no quali para se colocar à frente do piloto da Ducati e conquistar pela segunda vez a chance de largar na primeira fila desde que recuperou da lesão. Mas ele admite que não foi possível conseguir isso sem a ajuda de Bagnaia, já que o atual pacote da Honda não é bom o suficiente para fazer o tempo de volta de 1m27.780s que ele conseguiu.
“Claro que a referência de Pecco, a correte de ar de Pecco, foi crucial”, disse Márquez. “Sem esse vácuo, com o pacote que temos agora com a Honda, seria impossível rodar neste tempo de volta.
“Mas você precisa fazer isso e eu o segui, fiz uma boa volta e para amanhã o ritmo não é ruim – não é o melhor, mas não é ruim. Trabalhei bem e, especialmente, a equipe trabalhou muito bem durante todo o fim de semana.
“Ontem trabalhamos para o futuro [experimentando novas peças aerodinâmicas], hoje trabalhamos para o presente. Estamos subindo, estamos cada vez mais perto dos caras da frente.”
Marc Marquez, Repsol Honda Team
Photo by: Gold and Goose / Motorsport Images
Márquez perdeu uma de suas voltas no início da sessão do Q2, quando perdeu o front-end de sua Honda na curva 10. Ele conseguiu salvar o momento em um incidente semelhante ao que teve exatamente no mesmo local nos treinos para o GP da Austrália de 2019.
Embora ele admita que “não é o melhor sinal” de seu retorno à forma física, ele revelou que seu corpo reagiu da mesma maneira naquele momento, como em 2019, antes de sua grave lesão no braço.
“Sim, eu estava indo rápido naquela volta e entrei na curva 10 rápido”, explicou Márquez. "Já na volta anterior pude ver que Pecco estava girando muito e pude ver que a aderência que eles tinham era incrível. No último momento, tentei empurrar um pouco mais a frente para tentar virar e foi exatamente o mesmo momento de 2019.
“O bom é que o braço, tudo, todo o corpo reagiu da mesma forma e foi exatamente o mesmo movimento [de 2019]. Então, não é o melhor sinal porque significa que estamos no limite, mas foi bom para as pessoas [assistindo].”
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