Quartararo deve decidir futuro na MotoGP até o meio do ano: "Preciso estudar bem o mercado"

Nos últimos dias, cresceram as especulações do interesse da Honda pelo francês, que dividiria a equipe com Marc Márquez

Fabio Quartararo, Yamaha Factory Racing

Não é mais segredo que o campeão Fabio Quartararo se permite considerar uma mudança de ares para a MotoGP 2023. Apesar de ser cortejado pela Yamaha para uma extensão, o francês aproveita o tempo para refletir e deixar a temporada atual fornecer algumas respostas antes de bater o martelo.

Já se passaram quatro corridas e a montadora ainda não conseguiu convencê-lo de que a estabilidade seria a melhor opção. Por diversas vezes, ele se disse aberto a mudanças, atento ao que a concorrência poderia lhe oferecer. Nos últimos dias, multiplicaram as especulações sobre os interesses da Honda por ele.

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"Não vou dizer que tudo é possível, mas é preciso estudar bem o mercado", disse o francês em coletiva de imprensa em Paris como parte do lançamento do GP da França. "Claro, sei muito bem que me empresário teve discussões. Conversarei com ele quando sentir que realmente temos que decidir o futuro".

"Não sei quando decidirei, mas sei que estou em boas mãos. Honestamente, não sei de nada. Nem sei para onde vou. Eu realmente penso no presente. Sei que meu agente está cuidando bem do meu futuro. Mas por enquanto só tenho uma coisa em mente: fazer meu melhor neste ano. É claro que não falta muito para decidir meu futuro. Quanto tempo, não sei. Acredito que até o fim do verão".

O que se percebe hoje é que, após quatro anos na Yamaha, Quartararo deixa a impressão de ter tirado muito mais da M1 do que poderia, já que a máquina se manteve muito limitada aos seus olhos.

Depois de um início complicado de temporada, com a Indonésia sendo o único ponto positivo, Quartararo já sabe que terá que contar com algumas pistas específicas para defender seu título.

"Lembro que há alguns anos as pessoas diziam que um circuito era da Yamaha ou não. Acho que na época, o chassi da Yamaha era superior aos demais, mas agora não é mais superior aos demais, e estamos inferiores em termos de motor. Agora você pode dizer que existem circuitos da Yamaha porque são os que possuem o menor número de retas possível".

"É por isso que temos que manter o foco, sem pensar muito sobre esse motor, pensando apenas em marcar mais pontos quando sabemos dessas oportunidades".

Fabio Quartararo, Yamaha Factory Racing

Fabio Quartararo, Yamaha Factory Racing

Photo by: Gold and Goose / Motorsport Images

"Regularidade, acho que temos. Infelizmente, temos consistência, mas não nas posições certas. Vamos ver qual será nossa posição na Europa mas, de qualquer forma, acho que conseguimos fazer um bom trabalho, mesmo que, infelizmente, termine em posições que não me animem".

"De qualquer forma, o que importa mais do que o fato de chegar à Europa, é chegar em circuitos com menos retas, onde poderemos competir com mais sucesso do que em outros".

Sem esconder seu descontentamento com a falta de progresso da M1 em termos de velocidade máxima, Quartararo procura manter-se esperançoso quanto às possibilidades de evolução durante o ano, mesmo com o motor congelado. E pretende otimizar ao máximo as visitas aos circuitos que podem beneficiá-lo.

"Espero que possamos melhorar, porque a diferença é enorme. Quando você anda sozinho, é mais ou menos factível, mas como estamos mais ou menos em grupo, isso não é possível. Temos um estilo de pilotagem bem particular e não conseguimos manter o mesmo estilo estando em grupo. É isso, a dificuldade que temos no momento, além da velocidade máxima".

"No momento, o objetivo é tentar fazer o melhor possível. Sabemos muito bem que nos falta velocidade mas, na última corrida, consegui tirar isso. Consegui me recuperar depois das primeiras voltas".

"Infelizmente, eu sabia que o motor não nos ajudaria mas, no momento, a verdade é que estivemos em circuitos com muitas retas, exceto a Indonésia, onde fizemos a pole no seco e tivemos ritmo. Então, mal posso esperar para ver o que acontecerá em circuitos com menos retas, para marcamos o máximo de pontos e limitar os danos em circuitos como Austin".

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