WEC Interlagos

Em Interlagos, Abel Ferreira revela como disciplina do automobilismo ajuda no futebol

Em Interlagos para acompanhar as 6 Horas de São Paulo, treinador do Palmeiras comentou paixão por carros

Nicolas Costa ao lado do técnico Abel Ferreira

Foto de: Marcelo Machado de Melo

Um dos personagens fora do automobilismo que mais visita eventos do esporte a motor é o treinador do Palmeiras Abel Ferreira. Neste sábado, ele esteve acompanhando todos os detalhes do sábado das 6 Horas de São Paulo em Interlagos, na quinta etapa do Mundial de Endurance da FIA (WEC).

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Entre conversas com especialistas dos carros mais icônicos do mundo, além de muitos autógrafos e selfies, Abel conversou com a equipe do Motorsport.com.

Quando questionado sobre como surgiu a paixão por carros e pela velocidade, o técnico admitiu que futebol e automobilismo dividem seu coração por razões diferentes.

“Olha, cresceram as duas juntas sim”, disse Abel. “O futebol vem pelo gosto próprio, mas os carros vêm pelo meu pai, que sempre trabalhou em automóveis e os carros para mim sempre foram um fascínio e acho que se a minha profissão não tivesse enveredada ou seguido pelo lado futebolístico, seguramente ia ser algo relacionado com automóveis, portanto é algo que me está já nas veias desde muito, muito novo.”

Nos últimos anos, além de competir profissionalmente, Abel chegou a ter aulas de pilotagem no programa da Porsche Cup Brasil. A experiência trouxe ao treinador emoções inéditas.

“Olha, foi uma experiência absolutamente extraordinária e realmente o lugar certo para acelerar é nas pistas, não é nas estradas normais. Foi uma experiência espetacular, eu pude sentir emoções diferentes dentro de mim, uma delas o medo, não posso negar a adrenalina de ver a velocidade e a potência dos carros e a forma como freiam.”

“Por exemplo, seguir ali o Laranjinha quando o instrutor diz para fazer a curva a fundo e eu ver o muro ao lado, a sensação do medo bateu dentro, mas foi uma experiência espetacular que guardarei para sempre e ainda mais sendo em Interlagos, uma pista mítica, que Ayrton Senna aqui brilhou muito e vocês sabem a admiração que também tenho por ele.”

Mas, será que futebol e automobilismo se misturam? Abel também comentou sobre no que os dois esportes se relacionam.

“Foco e concentração e não há margem para erro. Mas mais que tudo eu acho que isso acaba por ser transversal a todas as modalidades competitivas, o foco e a concentração são determinantes neste tipo de provas e no futebol é a mesma coisa."

"A única diferença é que ali são 11 dentro do campo que trabalham em harmonia, em sintonia, e acho que isso acaba por ser o segredo, é como colocar 11 jogadores a frear ao mesmo tempo na mesma curva e a acelerar também ao mesmo tempo na saída da curva, esse é o segredo", completou.

 

 

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