Análise
Fórmula 1 GP da Grã-Bretanha

Análise técnica: atualizações da Mercedes em Silverstone

Time alemão não tirou o pé e segue avançando para continuar dominando a temporada 2016 da Fórmula 1; confira análise das novidades introduzidas pela equipe em Silverstone

Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W07 Hybrid

Análise técnica de Giorgio Piola

Análise técnica de Giorgio Piola

A Mercedes segue em ritmo acelerado nas atualizações do W07, apresentando novidades a cada etapa da temporada 2016 da Fórmula 1, cuidando de cada fraqueza apresentada pelo time nas provas anteriores.

Mercedes W07 front wing, captioned, Canadian GP
Asa dianteira do W07 no GP do Canadá

Foto: Giorgio Piola

A asa dianteira, no entanto, não mudou muito do GP da Áustria para o GP da Grã-Bretanha. Somente as pequenas aletas no flap superior foram retiradas, reduzindo um pouco o nível de downforce do carro e mudando o equilíbrio para os pilotos.

Merdecedes, Front brake duct
Dutos dos freios dianteiros do W07

Foto: Giorgio Piola

Dutos de freio assimétricos foram utilizados, assim como uma cobertura de freio completamente fechada foi usada no lado direto do carro, enquanto no lado esquerdo a especificação com uma cavidade - apresentada pela primeira vez na Espanha - foi a escolhida.

Como Silverstone requer menos refrigeração para os freios nas longas retas e curvas velozes, o time optou por fechar as entradas de ar na região da lateral do pneu.

Mercedes, front
Detalhe da dianteira do W07

Foto: Giorgio Piola

Curiosamente, a Mercedes utilizou os aquecedores de freio na garagem em Silverstone - anteriormente, a equipe só utilizara no grid, antes das corridas.

A função dos aquecedores e deixar os freios na temperatura ideal de funcionamento desde a saída para a pista. Assim como a Mercedes, muitos times optaram por fechar os dutos de freio - o que mostra a importância da geração e retenção do calor na performance dos freios.

 

Já os defletores laterais com múltiplas camadas, que a Mercedes introduziu na pré-temporada, foram revisados em Silverstone. Os elementos verticais foram reduzidos para cinco, enquanto os elementos que saem do assoalho caíram para oito.

Tal mudança afeta o modo como o fluxo de ar se move através dos sidepods, além do modo como o ar passa sob e sobre o assoalho.

Mercedes, Cockpit louvres
Dutos na lateral do cockpit do W07

Foto: XPB Images

As temperaturas médias dos ambientes variam de circuito para circuito e todas as equipes fazem mudanças para se adaptar às condições de cada local.

Tais modificações não afetam somente o desempenho das unidades de potência, mas também a aerodinâmica. A Mercedes não ficou de fora dessa busca pela configuração mais adequada a cada circuito.

Em Silverstone, as entradas de ar na lateral do cockpit foram reduzidas para duas (detalhe na foto acima), pois as temperaturas são mais baixas no circuito britânico e, além disso, deixar mais entradas levaria a um prejuízo em termos de aerodinâmica.

Mercedes, Engine cover bulge
Detalhe do motor Mercedes

Foto: Giorgio Piola

O radiador do ERS foi colocado atrás da unidade de potência e modificado para Silverstone, o que levou a uma mudança na cobertura do motor.

Mercedes, Diffuser winglet
Aletas no difusor do W07

Foto: XPB Images

A aleta posicionada entre a estrutura de impacto da traseira e o difusor também foi revisada, com a parte inferior ganhando furos, enquanto a parte superior é agora separada em duas seções distintas em vez de interligadas por dois dutos menores.

Embora pareça pouco, esta mudança é parte de uma abordagem que auxilia no alinhamento das estrutura aerodininâmica criada pelo difusor, escapamento e asa traseira.

Mercedes rear wing detail
Detalhe da asa traseira do W07

Foto: Giorgio Piola

A Mercedes já apresentou algumas variações de asa traseira para se adaptar aos circuitos pelos quais passou até o momento. Em Silverstone, uma nova versão foi disponibilizada, apresentando uma configuração que já havia sido usada primeiro pela Toro Rosso na pré-temporada (ver figura abaixo). 

O formato de pequenas aletas na extremidade lateral traseira serve como direcionador do fluxo, com uma ponte de metal usada no final da lateral para manter o formato.

Na parte superior, quatro cavidades foram adicionadas para reduzir a pressão no local e jogar o fluxo de ar para cima. As extremidades ficaram mais finas na área, para respeitar a largura máxima de 20mm na região.

Toro Rosso STR11 rear wing, barcelona winter testings
Asa traseira do STR11 nos testes de pré-temporada em Barcelona

Foto: Giorgio Piola

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