Análise técnica: o novo conceito de Duto-S da Renault
O Duto-S não é uma ideia nova na Fórmula 1, mas o panorama regulatório em constante mudança traz novas oportunidades para as equipes ajustarem suas ideias na busca por desempenho adicional.
Análise técnica de Giorgio Piola
Análise técnica de Giorgio Piola
Neste ano, a Renault mostrou isso através de uma solução muito mais agressiva para a colocação das entradas frontais em seu design do Duto-S, que melhorou o desempenho de todo o bico.
Tendo usado um projeto de duto mais convencional e compacto em 2017, os chefes de design de Enstone observaram claramente a oportunidade de fazer mudanças para esta temporada com base no que aprenderam com os rivais ao longo do ano passado.
Em 2016, a Mercedes e a Toro Rosso deram a esta nova solução em estilo Duto-S (acima) sua primeira chance, embora a Mercedes tenha feito a mesma coisa em 2015, quando realizou um breve teste da solução durante os treinos livres para o GP do Brasil.
A solução deixou de lado o que havia sido considerado o método convencional de atingir os objetivos dos engenheiros.
Ela tornou um duto curto em forma de S (ver na Red Bull de 2015, acima) em uma "zona livre" de 150 milímetros à frente do anteparo do chassi.
Mas não importa o comprimento da tubulação dentro do bico, a intenção do Duto-S permanece a mesma: reduzir a separação da camada limite sob o bico e puxar o fluxo de ar de volta para a superfície do chassi, que normalmente se soltaria na inclinação do bico.
Ter tubulações alongadas não só permite uma colocação mais precisa das entradas, mas também contribui para uma rota menos tortuosa para o fluxo de ar seguir também.
Isso é algo que tem sido capitalizado pela Ferrari, que desde 2017 optou por cruzar sua tubulação dentro do bico para melhorar ainda mais as condições de fluxo.
No caso da Renault, optou-se por compartimentar ainda mais esse fluxo com três tubos distintos dentro do bico, separando o fluxo para a esquerda, para a direita e no centro.
As pequenas diferenças entre os projetos das equipes se destacam mais uma vez. Não importa o quanto as tendências de design forcem as equipes a copiar suas melhores idéias, há sempre diferenças sutis que acabam se somando às diferenças de tempo de volta que vemos na pista.
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