Chefão da Red Bull não lamenta saída de Sainz: "Não é Verstappen"
Helmut Marko falou com sinceridade sobre o espanhol e criticou até o pai do piloto, multicampeão do Dakar e do WRC
Consultor da Red Bull na Fórmula 1, Helmut Marko disse que não se arrepende de ter permitido que Carlos Sainz deixasse o programa de pilotos do grupo austríaco. Segundo o chefão da RBR, o espanhol da McLaren “não é Verstappen”.
Apoiado pela Red Bull durante toda a sua carreira júnior, Sainz passou pouco menos de três temporadas inteiras competindo pela Toro Rosso, ‘equipe B’ da Red Bull, antes de ser emprestado à Renault em 2018.
A montadora optou por não contratá-lo para 2019, enquanto a Red Bull promoveu o francês Pierre Gasly à vaga da RBR deixada pelo australiano Daniel Ricciardo, que foi justamente para a Renault. Assim, Sainz foi para a vaga do compatriota Fernando Alonso na McLaren.
Entretanto, para azar do grupo de energéticos, o que se viu na temporada passada foi um martírio de Gasly em seu período na equipe principal, antes de o francês ser rebaixado de volta à Toro Rosso para dar lugar ao novato tailandês Alex Albon.
Já Sainz se estabeleceu como o principal piloto da McLaren e fez um campeonato consistente para terminar em sexto na classificação geral, posição chamada de ‘melhor do resto’. O espanhol superou tanto Gasly quanto Albon, que fez boa parte de 2019 na Toro Rosso.
Em entrevista exclusiva ao Motorsport.com, Marko foi questionado sobre se estava arrependido por deixar Sainz partir: “Não. Sainz estava com Max Verstappen na Toro Rosso e tivemos que escolher qual dos dois promover”.
Carlos Sainz Jr., McLaren
Photo by: Steven Tee / Motorsport Images
"Carlos é rápido, e não o contrataríamos se não fosse por isso, mas ele não é Verstappen. Ajudamos Carlos em sua carreira e não tivemos que deixá-lo ir. Mas permitimos a ida para a Renault e depois para a McLaren”, disse Marko.
"Temos um bom relacionamento, mas naquele momento havia um Verstappen por lá, e há uma diferença de desempenho entre os dois”, ponderou o dirigente austríaco, famoso pelo rigor com que trata seus pilotos.
Sabe-se que Sainz e Verstappen não tiveram o relacionamento mais harmonioso durante seu tempo como companheiros de equipe na Toro Rosso, o que pode ter contribuído para que o espanhol fosse preterido por Gasly em 2019.
Outro fator que pode ter sido determinante é a atuação do pai do espanhol, o tricampeão do Dakar Carlos Sainz, que teria contribuído para que o jovem piloto ficasse inquieto na Toro Rosso em 2017. Marko já fez críticas públicas ao bicampeão do WRC.
Questionado sobre Sainz pai, o dirigente respondeu: "Não diria que é um pai político, mas é um daqueles que não olham para o todo objetivamente - o que é compreensível - e sempre fazem o que acha melhor para o filho. Não é um caso isolado e de longe não é o pior”.
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