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F1: A jornada de 12 meses da Aston Martin em busca da pintura ideal para seu carro

O diretor criativo da montadora, Marek Reichman, explicou o longo processo para encontrar as cores ideais para o AMR21

Aston Martin AMR21

Quando a Aston Martin finalmente revelou a identidade do AMR21, carro para a temporada 2021 da Fórmula 1, mais cedo nesta quarta (03), marcou o início de um emocionante novo capítulo para a equipe. A pintura verde e preta, com aquelas listras rosas, certamente se destacarão quando as batalhas começarem nas pistas do Bahrein no final do mês.

Mas, igualmente, o lançamento marcou o fim de uma longa jornada que a Aston Martin enfrentou para fechar quais cores estariam presentes no carro que marca o retorno da montadora britânica à F1.

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Há algum tempo já se sabia que a Aston Martin queria usar o seu tradicional verde britânico de corridas no carro de 2021, e decidir qual tom de verde usar acabou sendo uma decisão difícil.

Frequentemente vemos as equipes acertarem em parte as cores de sua pintura. Em muitos casos, elas funcionam na vida real, mas não se dão bem nas fotos ou na televisão. É por isso que o diretor criativo da Aston Martin, Marek Reichman, explicou que, a decisão final sobre qual tom de verde usar acabou passando por muita reflexão.

"Na verdade foi uma jornada longa", explicou Reichman, que projeta os modelos de rua da Aston Martin há 16 anos. "A cor é algo fundamental. Como você percebe a cor, na tela, pessoalmente sob a luz do Sol ou em um dia nublado em Silversonte. É um fator muito, muito importante".

"Passamos 12 meses desenvolvendo uma cor. Passamos por muitas versões da pintura, e tudo foi decidido aos 45 do segundo tempo, com mudanças nos detalhes para garantir que tudo está certo".

"Quando vocês verem o carro, julguem espetacular. É o que esperamos. E certamente será a cor mais bonita do grid".

O tom final de verde está na escala mais clara entre as opções que a Aston Martin tinha na mesa, mas havia uma gama de fatores que precisavam ser considerados além da própria cor.

"Eu gostaria que fosse tão fácil quanto olhar para uma escala e escolher o tom", disse Reichman, que manteve um contato próximo com o chefe da Aston, Otmar Szafnauer, durante o processo.

"Desenvolver a tinta é muito complexo, porque isso precisa ser traduzido também em nossos carros de rua. Não se trata apenas de desenvolver uma cor para uma pintura de um carro de F1, porque as pessoas também vão querer esse tom em seus carros de rua quando eles verem".

"Então você precisa passar por um processo completo de desenvolvimento, que inclui diferentes aplicações, teste de danos e reparos e mais. E, obviamente, pensando no carro da F1, precisamos considerar a necessidade que Otmar tem com relação ao peso. A pintura não pode ser pesada. Precisamos considerar isso também".

"Além disso, como você atinge a beleza refletida dessa bela cor com a mesma tecnologia que pinta carros de F1 e também poderá pintar carros de rua".

Reichman também disse que a Aston Martin teve que fazer um programa extenso de testes com a pintura no mundo real para garantir que a cor funcionava também na televisão e nas fotos em contato com o flash.

"Como garantir que isso vai funcionar, em termos dos valores de azul, verde e vermelho na tela. Para isso precisamos filmar os painéis e olhar através de telas de computador. Usamos câmeras 4K e 3D, tudo o que temos a nossa disposição, porque esse é o mundo que temos hoje".

"A maioria dos interiores dos nossos carros são desenvolvidos virtualmente e não fazemos mais modelos físicos para testes. Então temos uma boa capacidade para simular cor, forma e formato com o computador. Foi assim que fizemos".

"Mas foi um processo longo, porque precisamos garantir que as pessoas gostem da nossa cor".

O julgamento final sobre a pintura da Aston Martin, se foi um acerto ou um erro, virá nos próximos dias através das redes sociais. E enquanto as pinturas modernas da F1 são frequentemente criticadas pelos fãs por não serem tão boas quanto carros icônicos do passado, Reichman disse que há apenas um juiz confiável sobre a beleza de um carro de F1, mas ele quer que o AMR21 vá além disso.

"Como uma pessoa da área estética, você sempre tenta fazer com que as coisas sejam mais belas. Mas vou roubar uma fala de Otmar: rápido é belo, e eu concordo plenamente".

"Então há sempre mais de uma resposta para um problema e como é possível resolvê-lo. Apenas há algumas semanas, eu estava olhando para a Jordan que foi produzida na mesma fábrica que Otmar está agora, e aquele é um carro lindo".

"Certamente, você sempre deseja que as coisas sejam esteticamente mais agradáveis porque as pessoas acabam olhando para algo belo. Elas encaram e ficam surpresas. E eu espero que isso aconteça".

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Jonathan Noble
Fórmula 1
Aston Martin Racing
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