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Fórmula 1 GP dos Estados Unidos

F1: Como recente polêmica técnica reflete na disputa acirrada pelo título

Após preocupações com as asas da McLaren, o foco está virado para a Red Bull

Max Verstappen, Red Bull Racing RB20 defends from Lando Norris, McLaren MCL38

Antes mesmo do GP dos Estados Unidos, uma grande polêmica tomou conta do paddock da Fórmula 1: as asas flexíveis da McLaren que lhe permitiam um 'mini-DRS' em altas velocidades. Agora, outra questão foi levantada na Red Bull.

O time taurino admitiu estar usando um dispositivo que permite a equipe mexer na altura do cockpit enquanto o carro ainda está no parque fechado. Mas como isso afeta a intensa disputa pelo título de 2024?

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A flexão das asas sempre foi uma área difícil de controlar devido à diferença entre os testes estáticos e a realidade da flexão da fibra de carbono sob carga. No entanto, a FIA determinou limites e estava confortável com o que as equipes estavam fazendo. Até a polêmica em Baku, com a McLaren, a regulamentadora não sentia que precisava impor testes mais rigorosos para policiar os projetos.

O projeto do time de Woking foi aprovado nos testes existentes da FIA, mas essa inovação estava se aproximando da mais sombria das áreas cinzentas. Após conversas com a regulamentadora, a McLaren concordou em ajustar seu projeto para a próxima corrida em que usará a asa móvel - que será no GP de Las Vegas.

Agora, é a Red Bull que está sendo criticada pelas equipes rivais pela maneira como instalou seu dispositivo de alteração de altura de corrida para mudar o 'babador' dianteiro.

O que é o 'babador dianteiro'?

Red Bull Racing RB20 front bib detail

Detalhe do babador dianteiro do RB20 da Red Bull Racing

Foto de: Giorgio Piola

Todas as equipes usam esse sistema de alguma forma, mas as equipes suspeitam que a solução - legal - da Red Bull, baseada no cockpit, poderia ter sido usada durante a noite quando o carro estava em condições de parque fechado, o que é expressamente proibido.

O time taurino alega que o dispositivo "é inacessível quando o carro está totalmente montado e pronto para rodar", e é preciso enfatizar que a equipe não precisa modificar seu carro em Austin.

No entanto, Oscar Piastri, da McLaren, acha que a natureza de parque fechado da solução "saiu da área cinzenta e entrou em uma área ilegal".

Será quase impossível provar que a equipe de Milton Keynes usou o dispositivo durante o parque fechado, portanto, mesmo com a FIA trabalhando em procedimentos mais rígidos, essa é uma saga que não terá uma conclusão satisfatória para aqueles que não derem à Red Bull o benefício da dúvida.

É importante lembrar que a Red Bull também foi mencionada quando a FIA reforçou sua regra que proíbe a frenagem assimétrica, mas cada polêmica tem a sua própria pilha.

A regulamentadora explicou que o ajuste foi projetado para tornar o livro de regras de 2026 mais robusto, após o que a nova frase foi adicionada retroativamente à regulamentação deste ano - ainda sem nenhuma indicação de que alguma equipe tenha violado as regras.

Por que todas as áreas cinzentas, e por que agora?

Não parece ser coincidência o fato de a temporada de 2024 ter sido marcada por tantos dramas tecnológicos. Os regulamentos estão em sua terceira de quatro temporadas, com as equipes achando cada vez mais difícil aumentar o desempenho por meios tradicionais. 

No momento, assistimos a uma intensa batalha entre McLaren e Red Bull pelo título de 2024. Essa disputa, inclusive, está tomando proporções fora da pista, com Christian Horner e Zak Brown trocando farpas ocasionais sobre os dramas técnicos ou saída de funcionários de alto nível da equipe taurina para outros times.

"Tudo isso faz parte do esporte", disse Brown ao Motorsport.com no início deste ano. "Você está tentando vencer todas as batalhas na F1, dentro e fora da pista. Você está olhando para cada espelho e cada asa".

"Vou fazer tudo o que for apropriado para ajudar a McLaren a vencer. E espero que as outras nove equipes façam o mesmo. E isso significa que, de vez em quando, estaremos em desacordo uns com os outros".

Helmut Marko, da Red Bull, acrescentou: "De vez em quando, algumas equipes acusam as outras e, em seguida, as que estão atrás culpam as outras e dizem que não têm o que fazer. Esse é um jogo normal enquanto eu estiver na F1 e sempre foi assim".

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