F1: Horner lamenta pressão sofrida por Masi e detona "cortina de fumaça" da Mercedes
Para chefe da Red Bull, demissão do diretor de provas foi "cruel" e rival alemã quer 'despistar' erros táticos cometidos na final de 2021
O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, anunciou em uma mensagem de vídeo na semana passada que Michael Masi não ocuparia mais o cargo de diretor de provas na Fórmula 1, o que para Christian Horner, chefe da Red Bull, foi "cruel".
O australiano assumiu o cargo 'de repente', quando Charlie Whiting morreu na véspera da temporada de 2019. Além de lidar com um campeonato acirrado, ele sofreu muita pressão no GP de Abu Dhabi, onde trouxe o safety car que encerrou a corrida aos boxes mais cedo, permitindo que Max Verstappen ganhasse o título contra Lewis Hamilton.
"É difícil, mas é assunto da FIA", disse Horner ao programa de rádio talkSPORT Breakfast. "Achei cruel, ele estava em uma posição muito difícil no ano passado. Sentimos que tivemos muitas decisões contra nós. Se você olhar para os recursos que ele tem à sua disposição, especialmente em comparação às equipes, é uma diferença enorme."
"É bom que eles acrescentem algumas coisas como um equivalente do VAR e também a chegada de Herbie Blash como um dos homens mais experientes. Acho que eles foram pressionados a expulsar Michael e isso não é bom. Esse é o meu sentimento pessoal."
Mercedes puxou a "cortina de fumaça"
Com a 'sorte' em Abu Dhabi, Verstappen se tornou campeão mundial, o que é normal de acordo com Horner: "Isso às vezes acontece nos esportes, não acaba até que se encerre ou a bandeira seja tremulada."
"Taticamente, fomos muito afiados no final. Reagimos imediatamente ao acidente [batida de Nicholas Latifi] e trouxemos Max para um novo jogo de pneus. A Mercedes deixou Lewis sair com compostos que já duravam 44 voltas. Max teve que fazer o movimento na última volta e ele conseguiu."
Horner também acredita que a Mercedes levantou uma cortina de fumaça ao colocar toda a culpa em Masi.
"Ele [Verstappen] não fez nada contra as regras. Se você olhar para a corrida, é uma cortina de fumaça, a Mercedes teve duas chances de ir aos boxes. Houve um carro de segurança virtual e um 'real'."
"O piloto [Hamilton] perguntou se ele poderia fazer um pit stop nas duas vezes e eles o mantiveram na pista. Foi isso que lhes custaram caro no final. Estrategicamente, nós fomos bem e isso é importante quando as margens são tão pequenas."
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