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F1: Racing Point apresenta recurso contra punição; Williams sai do caso

Equipe inglesa levará caso para a Corte Internacional de Apelações da FIA em busca de recuperar pontos e dinheiro perdidos com decisão

Nico Hulkenberg, Racing Point RP20, Lance Stroll, Racing Point RP20

Após receber uma punição da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) por conta do design dos dutos de freio de seu carro, a Racing Point entrará com um recurso contra a decisão e levará o caso para a Corte Internacional de Apelações do órgão que regula o automobilismo.

Acusada de ter copiado o modelo dos dutos de freio utilizado pela Mercedes em 2019, a equipe inglesa perdeu 15 pontos no Mundial de Construtores e foi multada em 400 mil euros. O time, inclusive, tem afirmado que não fez nada de errado no caso e notificou a FIA no último sábado (08) sobre sua intenção de recorrer contra a sanção.

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Qualquer intenção de recorrer estava sujeita a uma janela de 96 horas para ser formalizada que funcionaria como o próximo passo no caso, levando-o à Corte Internacional de Apelações da FIA.

A Racing Point agora confirmou que irá recorrer contra a decisão, assim marcando o próximo passo em tentativa de provar sua inocência.

Tanto a Ferrari quanto a Renault também entraram com recursos, em busca de uma punição mais severa depois que a Racing Point foi autorizada a continuar a usar os dutos de freio pelo restante da temporada.

McLaren e Williams inicialmente apresentaram intenções de recorrer, mas ambas se retiraram do caso nas últimas 24 horas.

A ação gerou uma resposta furiosa do dono da Racing Point, Lawrence Stroll, que fez uma rara declaração pública condenando as equipes rivais por “arrastarem nosso nome na lama” e que ele “tomaria todas as medidas necessárias para provar nossa inocência”.

Chefe de equipe da Racing Point, Otmar Szafnauer abriu as portas para a oportunidade de levar o assunto ao tribunal em fala no final de semana passado, afirmando que mais investigações sobre o projeto apenas fortaleceriam o lado da equipe no caso.

“Quanto mais você escava, melhor para nós”, disse Szafnauer. “Então os juízes vão entender como chegamos a este carro, como chegamos aos dutos de freio e sobrepor os regulamentos, e ver que estávamos bem dentro dos regulamentos, quando você os sobrepõe ao que o carro é e como foi o processo”.

“Não seria bom ter esclarecido os pontos antes e não nos punir por explorar as regras como estão escritas? É disso que se trata a Fórmula 1”.

“Foi o que aconteceu com o difusor duplo [em 2009], quando um cara no Japão literalmente leu as regras, surgiu com o difusor duplo que então foi considerado legal”.

“Isso é o que a Fórmula 1 é, você lê as regras pelo que elas dizem, você também lê as regras pelo que elas não dizem. Por que então puni-los?”.

Williams opta por não recorrer

A Williams anunciou que não irá recorrer contra a decisão da FIA no caso da Racing Point, sentindo que sua "preocupação mais fundamental" sobre a cópia do carro de Fórmula 1 foi resolvida.

“Após uma consideração cuidadosa, a Williams decidiu não prosseguir com o recurso formal”, disse um comunicado da equipe.

“Acreditamos que a decisão da FIA de buscar a proibição de cópias extensivas de carros para 2021 em diante aborda nossa preocupação mais fundamental e reafirma o papel e a responsabilidade de um construtor dentro do esporte, que é fundamental para o DNA da Fórmula 1 e as crenças e princípios centrais da Williams”.

A FIA já anunciou que vai ajustar os regulamentos para a temporada de 2021 para proibir projetos de carros copiados após o caso da Racing Point.

Os comissários, revisando o caso inicial depois do protesto da Renault, decidiram que não se podia esperar que a Racing Point desaprendesse as informações que tinha sobre seus dutos de freio.

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