F1: Red Bull acredita que má fase da Mercedes não é "fim de uma era" e vê rival ainda na luta
Consultor da Red Bull, Helmut Marko acha que queda de rendimento da Mercedes pode ter a ver com o aumento na adoção de combustível sintético
Com a Red Bull e a Ferrari sendo as equipes mais fortes neste começo de temporada 2022 da Fórmula 1, a Mercedes se encontra mais atrás, enquanto batalha para resolver seus problemas com o porpoising. Mas a equipe austríaca está convencida de que a rival de 2021 pode se recuperar rapidamente dos problemas para desempenhar um papel na luta pelo título.
Enquanto alguns já descartam as chances da Mercedes na disputa pela ponta da F1, Helmut Marko, consultor da Red Bull, não tem dúvidas de que o time alemão segue sendo uma ameaça.
Falando com exclusividade ao canal do YouTube do Formel1.de, site irmão do Motorsport.com, Marko negou que os indícios vistos no começo de temporada apontam para o fim da era Mercedes na F1, algo que a própria Red Bull enfrentou após 2013.
"É preciso distinguir ambos. A era após 2013 foi determinada pelo novo regulamento de motores, e a Mercedes tinha um domínio incrível nessa área".
"Eles estavam dois segundos à frente de todos mas, logicamente, não mostraram isso. Agora, com a mudança de chassi e o motor, as diferenças não são tão grandes. A Mercedes não pode mais apertar um botão e imediatamente montar sua festa".
"Mas a equipe está bem posicionada e com as melhores pessoas na área de chassi. Estou totalmente convencido de que eles darão a volta por cima se conseguirem controlar as quicadas. E Lewis Hamilton está apenas nove pontos atrás de Verstappen, o que não é nada".
"Não vejo como o fim de uma era, mas talvez passe a ser uma luta no mesmo nível".
George Russell, Mercedes W13, Sergio Perez, Red Bull Racing RB18, Esteban Ocon, Alpine A522
Photo by: Carl Bingham / Motorsport Images
Além da Mercedes estar sofrendo para resolver os problemas do porpoising, a unidade de potência da montadora alemã não parece estar mais à frente das demais. Com Ferrari e Red Bull tendo bons ganhos nessa frente, Marko reconhece que a mudança na ordem pode ser consequência da adoção de um combustível mais sustentável a partir deste ano.
"Não sei por que exatamente a Mercedes decaiu. Certamente deve ter a ver com o aumento no uso de combustível sintético, que foi de cinco para 10%".
Questionado sobre a Mercedes ter expressado certa confiança com essa mudança, Marko respondeu: "Bem, não foi fácil para nós, e nem tudo é igual. Mas, claro, não temos conhecimento detalhado da Mercedes".
"Mas a lógica aponta para uma explicação conectada ao combustível. E, claro, quando você tem uma sangria dessas, primeiro com a saída de Andy Cowell, e depois com mais 50 boas pessoas fora, o impacto acaba sendo normal".
Questionado se essas 50 pessoas que deixaram a Mercedes estariam agora com a Red Bull, Marko disse: "Algo assim, sim".
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