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Ferrari diz que pode sair da F1 se FIA fizer motor padrão

Presidente da montadora não quer que F1 “se torne NASCAR” e pede que regulamentos sejam feitos para engenheiros, não advogados

Sebastian Vettel, Ferrari SF15-T
The Ferrari SF15-T of race winner Sebastian Vettel, Ferrari in parc ferme
Kimi Raikkonen, Ferrari SF15-T
Maurizio Arrivabene, Team Principal Scuderia Ferrari, Piero Ferrari and Sergio Marchionne, Ferrari President and CEO of Fiat Chrysler Automobiles
Sergio Marchionne, Ferrari President and CEO of Fiat Chrysler Automobiles com Bernie Ecclestone
Kimi Raikkonen, Ferrari SF15-T
Kimi Raikkonen, Ferrari SF15-T
Sebastian Vettel, Ferrari SF15-T
Sebastian Vettel, Scuderia Ferrari

A Ferrari ameaçou sua participação na Fórmula 1 nesta segunda-feira (14). Falando em Maranello na tradicional conferência de imprensa antes do natal, o presidente da Ferrari, Sergio Marchionne, disse que o time italiano prefere sair do campeonato ao invés de enfrentar a FIA.

"A Ferrari pode encontrar outras formas de expressar a sua capacidade de competir e vencer", disse Marchionne.

"Seria uma enorme pena se a Ferrari saísse, mas não podemos ser colocados em um canto de joelhos e não dizer nada.”

"Agora, as regras estão escritas de uma forma que serve a advogados, que as interpretam.”

"Em novembro de 2014 ficou claro que seria possível usar tokens de desenvolvimento da unidade de potência - e isso foi algo que, em certo sentido, salvou a temporada da Ferrari.”

"Mas nós precisamos simplificar as regras e criar regulamentos mais gerenciáveis, não para advogados, mas por engenheiros, como era há alguns anos."

Marchionne também disse que está particularmente preocupado pelo fato de a FIA ter entregue a Bernie Ecclestone (chefe da F1) e a Jean Todt (presidente da FIA) plenos poderes para reformar a F1.

"Esta opinião é também compartilhada por Mercedes e Renault. Aqui nós gastamos centenas de milhões de Euros, por isso estamos falando de decisões que não devem ser tomadas pelo ânimo."

"O problema é que na tentativa de criar uma unidade de potência mais acessível para as equipes menores, estamos tirando a vantagem das organizações que são capazes de as desenvolver.”

"Nós vamos para a pista para provar a nós mesmos nossa capacidade de gerir a unidade de potência. Se começarmos a minimizar isso, a Ferrari não tem mais intenção de competir.”

"Se fizermos a Fórmula 1 como a NASCAR perderemos a vantagem da experiência em soluções de pista, o que pode ter um impacto sobre a produção.”

"Eu compreendo muito bem as dificuldades que enfrentam as equipes menores, mas isso é algo que FOM tem que resolver, não é algo que a Ferrari tenha que resolver."

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