Hamilton e Bottas têm sistemas de largada diferentes na Mercedes
Dupla da Mercedes atacou Max Verstappen no início do GP da Hungria. Veja, no detalhe, a configuração de cada um
Lewis Hamilton superou Max Verstappen no fim do GP da Hungria de Fórmula 1 (relembre a ultrapassagem em galeria especial no fim desta matéria), mas o britânico atacou o rival da Red Bull logo após a largada.
Quem também partiu para cima do holandês foi o outro piloto da Mercedes, o finlandês Valtteri Bottas, que acabou tendo um problema na asa dianteira e saiu da briga pela vitória. De todo modo, as duas ‘Flechas de Prata’ quase tomaram a ponta já no começo da prova, em que Verstappen soube defender a liderança com maestria.
A importância da largada nas corridas contemporâneas da F1 levou o Motorsport.com a analisar os sistemas adotados pela dupla da Mercedes neste ano. Depois de começarem a temporada com esquemas semelhantes, Hamilton e Bottas tomaram caminhos diferentes ao longo do campeonato.
No começo de 2019, os dois pilotos tinham o mesmo sistema - um esquema de borboleta dupla à direita e à esquerda do volante. Este design apresenta dois orifícios para os dedos - como mostra a foto de Giorgio Piola, especialista em desenho técnico do Motorsport.com, acima. Os ‘buracos’ são usados para permitir que eles sintam melhor e controlem a liberação da embreagem na largada.
Mercedes AMG F1 W10, cockpit
Photo by: Giorgio Piola
No entanto, depois de saltos iniciais ruins na Austrália e do Bahrein, Hamilton mudou na China para um design diferente de borboleta - que reflete o conceito introduzido pela Ferrari em 2016.
Naquela época, a Ferrari abandonou o esquema de borboleta dupla e, em vez disso, optou por uma única peça que se estendia por toda a parte de trás do volante.
O uso de uma única ‘pá’ mais longa, em teoria, permite um controle mais preciso sobre o movimento da embreagem, porque ela percorre uma distância maior, o que deve permitir ao piloto julgar melhor como proporcionar a engrenada ideal.
Ferrari SF70H steering wheel comparsion Vettel and Raikkonen
Photo by: Giorgio Piola
Entretanto, no GP de Espanha de 2017, Vettel voltou ao sistema de borboleta dupla.
Mas, depois da forte largada de Kimi Raikkonen no GP de Singapura daquele ano – e de seu acidente naquela etapa –, Vettel voltou ao conceito da pá única.
Como mostra a ilustração de Giorgio Piola abaixo, Hamilton também preferiu ficar com o esquema de pá única adotado na China em 2019.
Mercedes AMG F1 W08, steering wheel Lewis Hamilton
Photo by: Giorgio Piola
Seu sistema possui dois orifícios para os dedos do lado direito, com um arranjo de eixo agora ocupando o lado esquerdo, atrás do volante.
Por enquanto, porém, Bottas ficou com o conceito das borboletas duplas, já que ele parece feliz o bastante com suas largadas da corrida e prefere o design do começo do ano.
Embora Hamilton e Bottas usem diferentes arranjos de embreagem, a Mercedes não é a única equipe que tem arranjos diferentes para seus pilotos.
Na Ferrari, enquanto ambos os pilotos usam o sistema de pá única, eles têm diferentes maneiras de operá-lo.
Sebastian Vettel prefere usar sua mão esquerda para a embreagem, porque sua mão direita opera uma terceira pá misteriosa que supostamente muda as características de manuseio do carro ao longo de uma volta.
Charles Leclerc usa sua mão direita para a embreagem, de modo que seu sistema está montado do lado oposto.
Sebastian Vettel, Ferrari SF71H steering wheel rear detail
Photo by: Giorgio Piola
GALERIA: Ultrapassagem de Hamilton sobre Verstappen no GP da Hungria
Faça parte da comunidade Motorsport
Join the conversationCompartilhe ou salve este artigo
Principais comentários
Inscreva-se e acesse Motorsport.com com seu ad-blocker.
Da Fórmula 1 ao MotoGP relatamos diretamente do paddock porque amamos nosso esporte, assim como você. A fim de continuar entregando nosso jornalismo especializado, nosso site usa publicidade. Ainda assim, queremos dar a você a oportunidade de desfrutar de um site sem anúncios, e continuar usando seu bloqueador de anúncios.