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Fórmula 1 GP da Grã-Bretanha

Mercedes permitiu estratégias diferentes de Hamilton e Bottas em Silverstone

Chefe da equipe não tinha certeza se uma parada seria suficiente e aceitou pedido dos pilotos para obter mais dados

Race winner Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 and Valtteri Bottas, Mercedes AMG F1 celebrate in Parc Ferme

A Mercedes autorizou seus pilotos a seguirem estratégias diferentes no GP da Grã-Bretanha de Fórmula 1. Piloto da casa, Lewis Hamilton deu sorte, parou na hora em que o safety car foi acionado e acabou vencendo com apenas uma parada, aproximando-se do recorde de triunfos de Schumacher (veja no fim desta matéria). Já Valtteri Bottas optou por duas paradas e foi superado após largar na pole. A equipe vai verificar se não “favoreceu inconscientemente” o pentacampeão.

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Segundo colocado na prova deste domingo, Bottas pensava que fazer apenas uma parada estava “fora de questão”. Mais tarde, Hamilton admitiu que ele também não tinha certeza de que conseguiria aguentar com os pneus duros até o fim da corrida.

O chefe da equipe, Toto Wolff, disse que a estratégia foi resultado de uma discussão liderada pelos pilotos durante reunião realizada antes da prova. Ele disse que ambos apresentaram um “argumento justo” para não seguirem a mesma estratégia.

Perguntado pelo Motorsport.com sobre as estratégias diferentes, Wolff disse: “Na discussão que tivemos com eles pela manhã, foi dito que se colocássemos os dois na mesma estratégia, a corrida teria terminado depois da primeira curva ou primeira volta”.

“Nós sentimos que aceitar a sugestão deles nos forneceria uma corrida interessante. Isso se sobrepõe a muitos argumentos", disse Wolff. "Também nos forneceu mais experiências e mais dados para analisarmos e vermos se vamos fazer algo assim no futuro”.

Ao contrário de Ferrari e Red Bull, que optaram por aproveitar o safety car para fazer uma segunda troca e colocar os pneus duros para ir até o fim da corrida, a Mercedes decidiu não fazer o mesmo com Bottas.

Isso forçou o finlandês a parar mais tarde para fazer a troca obrigatória de pneus para usar um composto diferente do que usou nos dois primeiros stints, já que largou de médios e os manteve na primeira parada. Wolff expôs dois argumentos contra o uso dos pneus duros durante a prova.

“Nós ainda não estávamos convencidos de que um único pit stop fosse suficiente, então nós dividimos nossas estratégias”, disse o chefe da Mercedes. “O outro ponto é que acredito que teríamos retornado atrás de Vettel, porque ele estava próximo de Bottas, se não estou enganado”.

Entretanto, Vettel também parou quando o safety car estava na pista, mas Wolff disse que não tinha como saber que isso aconteceria. “Eu acho que a decisão de não parar o Bottas foi correta, mas o que precisamos dizer é que ele pilotou de forma esplêndida. Ele também merecia ter vencido. Ambos mereciam a vitória. A estratégia e o safety car ficaram no caminho de Valtteri e isso é apenas falta de sorte”.

HAMILTON SEGUE A PERSEGUIÇÃO AO RECORDE DE SCHUMACHER

 
O piloto da Mercedes alcançou a marca de 80 vitórias na F1. A cada etapa do campeonato, o que parecia impossível ganha corpo: a quebra do recorde de Michael Schumacher. Faltam 11 triunfos para Hamilton empatar com o alemão. Veja galeria exclusiva do Motorsport.com que mostra quem destronou quem ao longo dos anos:
Giuseppe Farina vence a primeira corrida da F1
O italiano venceu a primeira prova da história da Fórmula 1, em 13 de maio de 1950, no autódromo de Silverstone. Farina ainda encerraria aquela temporada como campeão, desbancando grande rival, Juan Manuel Fangio.
Juan Manuel Fangio vence em Mônaco e iguala Farina
Fangio não permitiu que seu companheiro de equipe estabelecesse uma hegemonia na F1. Apesar de perder o título para Farina, o argentino terminou o ano empatado em vitórias - 3x3.
Time da Alfa Romeo dominou duas primeiras temporadas
Os dois primeiros da foto, Fangio e Farina, alternaram-se como maiores vitoriosos até a metade da segunda temporada, quando estavam empatados em 4x4. A rivalidade se estendeu para os títulos dos dois primeiros anos: 1x1.
Alberto Ascari iguala Fangio em 1952
O italiano Ascari igualou marca estabelecida por Fangio, chegando a sua quinta vitória no GP da Inglaterra de 1952, depois disso, Ascari estabeleceria o primeiro reinado da F1.
Alberto Ascari estabeleceu o primeiro reinado da F1
Em 1953, Ascari chegou à marca de 13 vitórias, recorde que imperou na categoria por 21 corridas. Naquele ano, pilotando uma Ferrari, Ascari ainda se tornaria o primeiro bicampeão da história.
Com ajudinha de Musso, Fangio supera Ascari em 1955
Juan Manuael Fangio igualou o recorde de Ascari no GP da Itália em 1954 e superou a marca no início do ano seguinte, em uma corrida em sua terra natal, a Argentina. Durante a corrida, o carro de Fangio quebrou e ele pegou o de seu companheiro, Luigi Musso, para vencer a corrida, algo permitido na época.
Fangio: Reinado de títulos e vitórias
Em 1957, Fangio alcançou sua 24ª e última vitória na F1. Seu império só chegou ao fim 120 corridas e 13 anos depois.
Jim Clark igualou Fangio em 1967
O argentino foi destronado por um escocês voador. Jim Clark, em 1967, chegou às mesmas 24 vitórias no GP do México.
Jim Clark estabelece novo recorde: 25 triunfos
A África do Sul, em 1968, foi palco da vitória 25 de Clark, que o isolou à frente. O bicampeão morreria no mesmo ano, em Hockenheim.
Jackie Stewart ao lado de Jim Clark e Graham Hill
O reinado Clark teve duração de 5 anos (68 GPs). Curiosamente, foi derrubado por um compatriota: Jackie Stewart.
O quarto reinado: Jackie Stewart
Stewart, que conquistou o tricampeonato, igualou as 25 vitórias de Clark em Mônaco, em 1973, e o ultrapassou na Holanda.
Jackie Stewart somou 27 vitórias
O tempo de Stewart no trono durou impressionantes 14 anos, em um total de 218 GPs.
Alain Prost e Niki Lauda, ambos na McLaren em 1984
Em 1985, Niki Lauda e Alain Prost, os dois que mais se aproximavam de Stewart, terminaram o ano próximos do escocês. O austríaco fechou com 25 vitórias, empatado com Jim Clark. O francês tinha 21.
Alain Prost iguala recorde de Stewart
Foi apenas dois anos mais tarde (1987) que Prost igualou e passou Stewart. Em Spa, o então bicampeão chegou às 27 vitórias.
Um novo rei chegava ao trono em 1987: Alain Prost
Em Estoril, alcançou a vitória 28, transformando-se no recordista. Prost só foi batido 229 corridas depois, totalizando 14 anos de reinado.
Nelson Piquet ameaçava recordes de Prost
Neste mesmo GP de Portugal de 87, Nelson Piquet era o brasileiro mais bem colocado. Somava 20 triunfos na ocasião.
Surgia a maior ameaça a Prost: Ayrton Senna
Durante a dinastia Prost, o maior rival do francês começava a conquistar seu próprio território: Ayrton Senna.
Senna foi o segundo a bater marca de Stewart
O brasileiro foi o segundo piloto a passar Stewart. Isso ocorreu em Interlagos, em 1991, na sua vitória de número 28.
Senna ameaçava Prost, mas o francês administrava a liderança
Na ocasião, o ranking de vitórias tinha Prost com 44, Senna com 28 e Stewart com 27. Piquet acumulava 22 e Mansell 16.
Nigel Mansell também superou marca de Stewart
O terceiro piloto a deixar Stewart para trás foi Mansell. O britânico conseguiu a vitória 28 diante da sua torcida, em Silverstone, 1992.
Poucos imaginavam onde Schumacher chegaria
Meses mais tarde, ainda em 1992, um jovem promissor e que disputaria o Reinado das Pistas vencia sua primeira prova. Em Spa, Michael Schumacher terminou em primeiro.
Alain Prost se aposenta como Rei
A temporada 1993 foi a última de Prost no grid. E foi a chance que ele teve de ampliar a hegemonia que criou. Fechou sua marca com 51 vitórias, uma delas obtida em Hockenheim.
Senna ameaçava destronar Prost
Aquele temporada terminou com Ayrton Senna somando 41 vitórias. Era o candidato mais provável a roubar o trono de Prost.
Em 1994, Senna poderia ter subido ao trono da F1
Infelizmente, o brasileiro não pôde quebrar o recorde do rival Prost. No dia 1º de maio, em Imola, faleceu após acidente na curva Tamburello.
Caminho para o trono estava livre para Schumacher
Sem Prost e Senna, a Fórmula 1 via o início da construção do maior "Império" da categoria. Schumacher consolidava-se como o maior da sua geração.
Em 2001, em Budapeste, o alemão igualou a marca de Prost
A partir de 2000, Schumacher e Ferrari estabeleceram nova dinastia na categoria. O alemão igualou Prost em títulos e vitórias na mesma corrida.
O novo imperador chega ao Trono
A supremacia de Schumi aconteceu em Spa, no mesmo ano. O alemão alcançou o recorde de 52 vitórias na mesma pista que estreou e venceu pela primeira vez na carreira.
Schumacher comemora sua vitória número 91
Após alcançar incríveis 7 títulos, Schumacher estabeleceu o novo "sarrafo" para as próximas gerações em 91 vitórias, marca considerada impossível de ser repetida.
Fernando Alonso bateu Schumacher em 2005 e 2006
Assim que Schumacher se aposentou, uma nova geração começou a ganhar força. Fernando Alonso foi aquele que interrompeu a hegemonia de títulos (2005 e 2006).
Lewis Hamilton chegou com tudo na F1
Lewis Hamilton estreou no grid em 2007. Brigou pelo título já no ano de estreia. Foi campeão na temporada seguinte.
Outro postulante ao trono surgia em 2007
Também em 2007, Sebastian Vettel fez sua primeira corrida, ainda pela BMW. No ano seguinte, estrearia como piloto regular pela Toro Rosso.
Alonso foi grande, mas não chegou nem perto do trono
Alonso alcançou menos do que se esperava. Terminou a carreira no ano passado com 32 vitórias, uma a mais que Mansell, 9 a menos que Senna.
Vettel chegou a ser visto como grande ameaça
Vettel, pelos anos dominantes de Red Bull, parecia ser aquele que "caçaria" o compatriota Schumacher. Após o seu tetracampeonato, aos 26 anos, já tinha 39 vitórias.
Mas hoje a tarefa parece mais difícil para o alemão
Mas na Ferrari reduziu o ritmo. Somou mais 13 conquistas, chegando a 52 triunfos, um a mais que Alain Prost.
Aos poucos, Hamilton se estabeleceu ao redor do trono
Enquanto Vettel sofre na Ferrari, Hamilton sobra na Mercedes. Antes de seguir para a escuderia alemã, o inglês já acumulava 21 vitórias.
Um novo rei na F1?
Com a Mercedes, já foram quatro títulos, com mais 59 vitórias, totalizando 80.
Trono na mira
O inglês está 11 vitórias atrás de Schumacher. Se conseguir manter a média de vitórias por ano, alcançará o alemão em 2020.
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Scott Mitchell
Fórmula 1
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Mercedes
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