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'Anônimo' em Mônaco, Leclerc tem tudo para se tornar o 'queridinho' da Ferrari

Piloto e colunista do Motorsport.com, Augusto Farfus relata que estrela da categoria máxima sofre "assédio menor" em seu país. Correspondente fala da fama na Itália

Charles Leclerc, Ferrari, celebrates pole position

Com o triunfo no GP da Bélgica, Charles Leclerc conquistou sua primeira vitória na Fórmula 1 e se postula como novo ídolo global do esporte a motor. Com apenas 21 anos, o piloto da Ferrari já angaria uma legião de fãs pelo mundo.

Em todas as viagens do calendário da F1, o monegasco é paparicado por torcedores e admiradores da categoria máxima do automobilismo mundial. Especialmente na Itália, casa da Ferrari e sede da corrida do próximo domingo. Em Mônaco, porém, a realidade é diferente. 

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É o que conta Augusto Farfus, piloto de endurance e colunista do Motorsport.com. "O Leclerc tem a vida de um cidadão monegasco normal, como qualquer outro. Como ele cresceu aqui, é um rosto normal, conhecido, e que você vê no cotidiano", relatou o brasileiro, que mora em Mônaco.

Questionado sobre a idolatria a Leclerc em Mônaco, Farfus respondeu: "Honestamente, a reação é tranquila. O Príncipe deve fazer algo para o Leclerc quando ele chegar aqui. Mas a reação após a vitória dele foi pequena. Na verdade, aqui já temos muitos eventos e atletas, então não foi um fato extraordinário. Foi um fato único, claro... Quando ele venceu, dava para ver várias pessoas falando, mas a cidade não parou por isso. Quando chegar aqui talvez haja algo oficial para ele".

"Ainda mais pelo fato de Mônaco ter a constante presença de VIPs e personalidades. Assim o assédio é menor. Além disso, em Mônaco os 'paparazzi' são proibidos. Então é normal você ir ao supermercado e encontrar o Charles. A última vez que eu o encontrei, tirando os jogos beneficentes de futebol que fazemos, foi em um domingo fazendo compras. Ele tinha acabado de voltar dos treinos em Barcelona da pré-temporada", relembra o brasileiro.

"Então eu disse: 'o alemão vai suar com você, né?'. Ele deu risada e disse: 'gostei do carro, mas você sabe como é...'. Eu respondi: 'ter um jovem como você é pedra no sapato para o Seb'. Ele riu e eu desejei boa sorte. Ele é um cara super normal, chegou lá e continuou super normal. Esse é o diferencial dele em relação aos nomes da F1 de hoje em dia. Eles acabam se tornando intocáveis. Então eu torço pelo sucesso dele, porque Charles continua sendo um cara com os pés no chão".

Status de ídolo na Itália

Na casa da Ferrari, Leclerc já ameaça a moral inabalável dos fãs da escuderia, como explica Roberto Chinchero, correspondente do Motorsport.com no país. "Não é fácil entender a filosofia dos fãs da Ferrari. Até o ano passado, grande parte garantiu um grande apoio a Kimi Raikkonen, mesmo que ele estivesse constantemente atrás de Alonso ou Vettel por cinco anos. Provavelmente uma questão de coração, talvez uma dívida com Kimi por ser o último campeão da Ferrari", disse.

"Paradoxalmente, Vettel herdou muitos fãs de Kimi este ano, mas a chegada de Leclerc foi um 'terremoto' que mudou muito as expectativas do público em geral. Acredito que, a essa altura, Leclerc esteja destinado a se tornar o novo queridinho dos fãs da Ferrari, eu ficaria surpreso se isso não acontecesse", analisou o jornalista.

"A Ferrari sabe que o futuro da equipe é Leclerc, não há dúvida sobre isso. No final de 2020, o contrato entre Ferrari e Vettel terminará, e acredito que é improvável que Seb continue. O que impressionou os técnicos da Ferrari neste ano foi a velocidade com que Leclerc se adaptou ao carro e, acima de tudo, a capacidade de saber como aproveitar ao máximo o SF90 nos finais de semana (como em Spa)".

"Se eu tivesse que apostar, diria... Sim, acho que na Ferrari eles se apaixonaram por Leclerc, corrida após corrida. Na verdade, Charles já teria vencido no GP do Bahrein, e isso eles sabem muito bem na Ferrari. O sucesso chegou em Spa, mas Leclerc já havia convencido a todos", ponderou Chinchero.

"Em Monza, acho que Vettel e Leclerc serão muito bem recebidos, mas acho que haverá algo a mais para Leclerc. Há o encanto da novidade, a atração de ver um piloto muito jovem ao volante de uma Ferrari. Obviamente, há também o entusiasmo pela vitória de Spa. Acredito que Leclerc será um pouco mais celebrado que Sebastian".

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Michael Schumacher - 91 vitórias
Lewis Hamilton - 81 vitórias
Sebastian Vettel - 52 vitórias
Alain Prost - 51 vitórias
Ayrton Senna - 41 vitórias
Fernando Alonso - 32 vitórias
Nigel Mansell - 31 vitórias
Jackie Stewart - 27 vitórias
Jim Clark - 25 vitórias
Niki Lauda - 25 vitórias
Juan Manuel Fangio - 24 vitórias
Nelson Piquet - 23 vitórias
Nico Rosberg - 23 vitórias
Damon Hill - 22 vitórias
Kimi Raikkonen - 21 vitórias
Mika Hakkinen - 20 vitórias
Stirling Moss - 16 vitórias
Jenson Button - 15 vitórias
Graham Hill - 14 vitórias
Jack Brabham - 14 vitórias
Emerson Fittipaldi - 14 vitórias
Alberto Ascari - 13 vitórias
David Coulthard - 13 vitórias
Mario Andretti - 12 vitórias
Carlos Reutemann - 12 vitórias
Alan Jones - 12 vitórias
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Felipe Massa - 11 vitórias
Rubens Barrichello - 11 vitórias
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Ronnie Peterson - 10 vitórias
Jody Scheckter - 10 vitórias
Gerhard Berger - 10 vitórias
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Denny Hulme - 8 vitórias
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Juan Pablo Montoya - 7 vitórias
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Bob Sweikert - 1 vitória
Luigi Musso - 1 vitória
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