Parceira da Andretti, GM avalia 'avançar etapas' e se tornar fabricante de unidades de potência na F1 já em 2027
Por regra, montadora não pode fazer motores em 2026, mas cúpula da marca estaria pensando em 'adiantar os planos' envolvendo a Cadillac na categoria máxima
A General Motors (GM), parceira da Andretti na tentativa de entrada na Fórmula 1 por parte do time dos Estados Unidos, está avaliando ingressar na categoria como fabricante de unidades de potência em 2027, 'adiantando etapas' em relação ao plano inicial da montadora norte-americana.
No começo do ano, o comandante da escuderia, Michael Andretti, ex-piloto da McLaren, reforçou as chances de entrada de sua equipe na F1 em 2026 após obter o apoio da Cadillac, pertencente à GM. Inicialmente, a parceria seria de ordem mais comercial. Porém, agora isso parece ter mudado.
Ao contrário da rival automotiva norte-americana Ford, que fez parceria com a Red Bull Powertrains predominantemente por meio de um relacionamento comercial, a GM cobiça uma presença técnica importante na F1. Segundo consta, já em 2027, antes do que era projetado no primeiro momento.
O diretor executivo de automobilismo da GM, Eric Warren -- ex-chefe do programa de NASCAR do conglomerado --, diz que isso pode resultar em um programa de motores na F1, que está sob avaliação.
Com exclusividade ao Motorsport.com, Warren explicou. “A GM está motivada a se envolver no carro e no design, em todo o processo. Não é só rotular um motor. A interação entre Cadillac e Andretti será em todo o veículo", revelou ele, fazendo uma crítica implícita à parceria Red Bull-Ford.
De qualquer forma, caso a "forte candidatura" enviada à FIA (Federação Internacional de Automobilismo) pela Andretti-Cadillac resulte em uma aprovação para entrar na F1 em 2026 - LKY SUNZ e Hitech também são equipes interessadas em ingressar na categoria - a Andretti seguirá o plano inicial de ser um time cliente e usar em sua primeira temporada uma unidade de potência fornecida por alguma montadora já presente no grid atual da F1 -- a Alpine-Renault é a favorita.
Além da marca francesa, a Honda pode ser uma opção. Na IMSA, aconteceu recentemente a criação de uma parceria de longo prazo entre a Andretti e a Wayne Taylor Racing, que tem laços sólidos com a fabricante japonesa, por meio da marca Acura, pertencente ao grupo nipônico. Paralelamente, a cúpula do Japão negocia com a Aston Martin para 2026, já que se 'divorciará' da Red Bull no fim de 2025.
#10 Wayne Taylor Racing Acura ARX-06: Michael Andretti
Photo by: Michael L. Levitt / Motorsport Images
De todo modo, Warren detalhou como a GM encara a situação no presente momento: "Olhando além de 2026, nossa visão é que queremos correr e garantir que sejamos competitivos e, em 2026, vamos ver o que faz mais sentido".
Questionado sobre a possibilidade de a GM fabricar sua própria unidade de potência na F1, ele respondeu: “Poderíamos, claro. [Em 2026] não podemos, por regra, porque os fabricantes de 2026 já foram 'declarados' [pela FIA], então estaríamos olhando para o mais cedo possível, em 2027".
"É algo que estamos olhando. Estamos olhando para unidades de potência, acho que temos capacidades que seriam substanciais. Acho que poderíamos fazer", completou o diretor executivo de automobilismo da GM.
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